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Gestão Nunes chega a R$ 10 bi em investimentos no ano e bate recorde

Após sanar dívida em acordo com a União, gestão do prefeito Ricardo Nunes aplica valor recorde em investimentos em obras e programas em SP

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Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco de cabelo e barba pretos, vestindo camisa branca, cercado de outros homens gesticulando com as mãos, em uma visita a obra pública - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco de cabelo e barba pretos, vestindo camisa branca, cercado de outros homens gesticulando com as mãos, em uma visita a obra pública - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) já liberou, até o momento, R$ 10,1 bilhões para investimentos em obras e programas municipais, cifra recorde que representa mais do que o dobro do valor médio investido na capital paulista nos últimos quatro anos.

O desempenho está atrelado ao fòlego financeiro obtido a partir de duas ações adotadas por Nunes e de seu antecessor, o tucano Bruno Covas (morto em 2021): a reforma da previdência municipal e o perdão da dívida da cidade com a União, obtido no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no fim de 2021.

A gestão do emedebista também foi favorecida pelo aumento significativo na arrecadação da Prefeitura nos últimos anos. Entre 2020, primeiro ano da pandemia de Covid, e 2021, a receita tributária saltou de R$ 41,5 bilhões para R$ 47 bilhões — alta de 13% — e vem se mantendo neste patamar.

Os mais de R$ 10 bilhões empenhados para investimento na cidade até agora também representam um salto expressivo em relação aos anos anteriores. As obras são consideradas vitrines eleitorais para o prefeito, que tentará a reeleição nas eleições municipais de 2024.

Em 2019, por exemplo, os investimentos foram de R$ 4,4 bilhões. Em 2020, chegou a R$ 5,4 bilhões, e em 2021, caiu para R$ 4,2 bilhões. No ano passado, com menos dívida e mais receitas, houve um salto para R$ 9,1 bilhões — todos os valores foram corrigidos pela inflação.

Nunes tem repetido em suas agendas que a cidade tem mais de mil obras em andamento simultaneamente. Os serviços têm gerado até uma externalidade negativa: canteiros de obra em artérias viárias da cidade, como a Avenida Santo Amaro, passaram a prejudicar o trânsito, o que atraiu críticas ao prefeito.

Asfalto e drenagem

A maior parcela dos gastos com investimento é justamente com pavimentação e recapeamentos de vias. Até o momento, já foram empenhados R$ 2,8 bilhões nesse serviço.. Apenas no último fim de semana, segundo a Secretaria Municipal das Subprefeituras, 74 vias receberiam os serviços — já foram 368 no total.

Em segundo lugar no ranking de investimentos aparecem os serviços de drenagem, feitos para conter encostas de córregos e evitar deslizamentos e enchentes, retirando famílias de áreas de risco. Segundo os dados oficiais, já foram aplicados R$ 1,2 bilhão até agora.

O prefeito também já investiu R$ 700 milhões em um amplo projeto de recuperação das estruturas de pontes e viadutos, e R$ 650 milhões no programa habitacional Pode Entrar, projeto no qual a Prefeitura compra imóveis prontos do setor privado em vez de construi-los. A meta é adquirir 45 mil moradias até o fim do ano.

Riscos fiscais

Apesar do investimento recorde, Nunes tem sido criticado pela oposição porque poderia ter feito mais na cidade diante do volume de recursos no caixa da Prefeitura. Em julho (dado mais recente), a administração municipal tinha R$ 34,8 bilhões na conta.

São recursos carimbados — com destinação espécifica — , a maioria vinculados ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (Fundurb). A Prefeitura, porém, tem uma série de obras que tem demorado mais do que o esperado, na avaliação da gestão, para ser liberada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), órgão de controle com o qual Nunes tem travado embates públicos.

O prefeito também vem pregando cautela sobre a situação financeira da cidade por causa da reforma tributária que tramita no Congresso. Nunes tem liderado discussões ao lado de prefeitos de outros municípios para evitar perda de receita para as cidades com a aprovação da reforma.

Há duas semanas, em Brasília, ele teve reuniões com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto, para propor cinco mudanças ao texto que tramita na Casa. Segundo o prefeito, o texto que já foi aprovado na Câmara dos Deputados em junho pode causar uma queda de arrecadação de R$ 17 bilhões à cidade.

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