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Frei dava presentes e dinheiro em espécie a jovem abusado, diz polícia

O frei Elvécio de Jesus Carrara foi preso em flagrante, em ação da Polícia Civil na capital paulista, por suspeita de pedofilia

atualizado

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Polícia Civil de MG/Divulgação
Frei é preso em operação contra pedofilia em SP
1 de 1 Frei é preso em operação contra pedofilia em SP - Foto: Polícia Civil de MG/Divulgação

São Paulo – Preso em flagrante em uma operação da Polícia Civil contra pedofilia, o frei da Igreja Católica Elvécio de Jesus Carrara, de 54 anos, é suspeito de abusar sexualmente de um jovem de 17 anos, atendido no seu projeto social para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Segundo a investigação, Carrara dava presentes e até dinheiro em espécie para ganhar a confiança da vítima. O jovem estava abrigado em São João del-Rei, em Minas Gerais, onde funciona um dos núcleos da instituição não governamental fundada pelo religioso.

Essa relação de “favorecimento” e “proximidade” com a vítima teria levantado suspeita contra Carrara, de acordo com o delegado Evandro Radaelli, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), responsável por conduzir a investigação em Belo Horizonte.

O comportamento suspeito do frei foi denunciado por um membro da própria Igreja no fim de março. Após levantar informações, os policiais civis deflagraram a operação “Falso Profeta” no dia 3 de maio de 2023.

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Frei ficou em silêncio

Na ocasião, as equipes foram a cinco endereços ligados ao religioso em Minas Gerais, São Paulo e em Goiás, para cumprir mandados de busca e apreensão. Carrara estava na capital paulista e foi detido em flagrante por ter imagens de cunho pornográfico da vítima no celular.

Segundo a polícia, Carrara não rebateu as acusações de pedofilia e se manteve em silêncio na delegacia. O flagrante foi posteriormente convertido em prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O crime tem pena prevista de até oito anos de prisão.

Os policiais também apreenderam celulares e computadores do religioso, que vão passar por perícia. Como o inquérito ainda está aberto, Carrara pode responder por outros crimes, além de produção e armazenamento de pornografia envolvendo adolescente.

O Metrópoles não localizou a defesa do frei suspeito. O espaço segue aberto para manifestação.

Polícia procura outras possíveis vítimas

A hipótese da Polícia Civil é que o religioso se favorecia da instituição não governamental para obter vantagens sexuais. “É comum que crimes sexuais tenham o mesmo modus operandi”, afirma o delegado. “Nós estamos à disposição para receber denúncias de outras vítimas”.

Carrara é membro da Ordem dos Pregadores (Dominicanos), uma das diversas subdivisões da Igreja Católica, que abriu “investigação canônica” e suspendeu o frei.

“Interessa à Ordem Dominicana que os fatos sejam apurados e esclarecidos, com transparência e responsabilidade, e que as devidas medidas legais sejam tomadas”, diz, em nota.

A Ordem dos Pregadores também diz que Carrara “nunca teve permissão” para o projeto social e que suas ações seriam “realizadas à revelia das orientações das autoridades da Ordem no Brasil”.

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