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“Carros espiões” flagram 1.000 infrações por dia em zona azul de SP

Frota de 80 “carros espiões” detecta quem não paga zona azul e agentes da CET aplicam as multas em São Paulo; foram quase 90 mil em 3 meses

atualizado

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Divulgação/Estapar
"Carros espiões" usados para flagrar quem desrespeita a zona azul em São Paulo
1 de 1 "Carros espiões" usados para flagrar quem desrespeita a zona azul em São Paulo - Foto: Divulgação/Estapar

São Paulo — Os “carros espiões” flagraram no primeiro trimestre deste ano uma média de mil veículos por dia estacionados irregularmente em vagas de zona azul em São Paulo. A tarifa básica custa R$ 6,08 por uma hora de estacionamento e a multa por desrespeitar a legislação é de R$ 195,23 — e 5 pontos na CNH.

As infrações são flagradas por 80 “carros espiões” da empresa Estapar, que venceu a concessão feita pela Prefeitura de São Paulo para gerenciar o sistema de zona azul na capital paulista.

Os veículos contam com câmeras no teto que identificam, pela placa, quando algum motorista deixa de pagar pelo período em que pretende permanecer na vaga. Os “carros espiões” passam duas vezes pelo local, em curto espaço de tempo. Na teoria, isso evita que seja multado indevidamente quem estava apenas manobrando sobre o local, por exemplo.

Para evitar a multa, o motorista precisa baixar o aplicativo da zona azul digital, confirmar o local onde irá estacionar, selecionar o tempo pelo qual deseja permanecer e escolher o meio de pagamento.

Apesar da tecnologia, a multa é aplicada, de fato, por um agente de trânsito. O “marronzinho”, como o agente é conhecido em São Paulo, analisa a imagem captada pelas câmeras do veículo ou vai pessoalmente até o local indicado. Se for o caso, anota a infração.

Segundo o Painel da Mobilidade Segura, que reúne os dados oficiais, foram aplicadas a motoristas que deixaram o carro parado irregularmente em vagas de zona azul 89.227 multas entre janeiro e março — o equivalente a 991 por dia, 41 por hora e 1 a cada um minuto e meio.

Esse número já foi maior. Na comparação com igual período de 2022, houve uma queda de 30,4% no número de autuações — 128 mil multas por estacionamento irregular em área de zona azul.

Em 2020, a Estapar venceu licitação e, por R$ 2,3 bilhões, passou a explorar o sistema por 15 anos. Segundo a Prefeitura, São Paulo conta atualmente com 53.887 vagas de zona de azul.

Rotatividade

Diretor do departamento de mobilidade e logística do Instituto de Engenharia, Ivan Whately afirma que a zona azul cria a possibilidade de arrecadação para a Prefeitura, mas, mais importante do que isso, gera renovação no uso da vagas na cidade.

“A pessoa para e não fica por muito tempo, usa de uma a duas horas. As pessoas que necessitam ficar por mais horas deveriam, então, usar espaços fora da rua, não no meio-fio”, diz

Segundo Whately, a zona azul é um importante recurso da engenharia de tráfego. “Sucessora dos antigos parquímetros, usada no mundo inteiro para melhorar o trânsito da cidade e o acesso das pessoas aos serviços”, explica.

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