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Temendo arcabouço fiscal “desidratado”, Bolsa recua aos 100 mil pontos

A Bolsa de Valores recuou 1% hoje (20/3), com notícias de que o governo busca discutir o novo arcabouço fiscal com os líderes do Congresso

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoless
Bolsa de valores sao paulo b3 queda
1 de 1 Bolsa de valores sao paulo b3 queda - Foto: Fábio Vieira/Metrópoless

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), recuou 1% nesta segunda-feira (20/3) e voltou para os 100.923 pontos. Foi o pior patamar para o mercado desde julho de 2022.

Os investidores reagiram de forma negativa às notícias de que o presidente Lula pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que os líderes da Câmara e do Senado fossem ouvidos sobre a proposta do novo arcabouço fiscal, antes do anúncio oficial das regras orçamentárias.

O temor é que a negociação com Arthur Lira, da Câmara, Rodrigo Pacheco, do Senado, e com os líderes partidários desidrate a proposta do arcabouço já na largada. Além disso, a consulta aos parlamentares deve atrasar o anúncio do pacote.

Haddad havia sinalizado a divulgação até a próxima quarta-feira (22/3), quando o Banco Central divulgará a decisão sobre a taxa básica de juros, mas é possível que o prazo não seja cumprido. O ministro da Fazenda disse, agora, que o arcabouço fiscal será apresentado até a próxima sexta-feira (24/3), quando Lula viajará à China.

No exterior, o dia começou com os mercados nervosos em razão da crise que se espalha pelos bancos americanos e europeus. No início da sessão, as ações do banco UBS chegaram a despencar, com os investidores digerindo a notícia da compra do rival Credit Suisse. A operação, amarrada pelo próprio Banco Central da Suíça, serviu para salvar o Credit e evitar uma crise maior no mercado.

Ao final da sessão, os papéis do UBS se recuperaram, fechando em leve alta de 1%. Já os do Credit despencaram mais de 50%, com rumores sobre um possível desmembramento das operações e corte de estrutura.

As bolsas estrangeiras encerraram o dia com saldo positivo de até 1% nos Estados Unidos e na Europa. Já o mercado brasileiro não seguiu o mesmo ritmo, em razão dos receios fiscais e de uma queda nas ações da Petrobras.

A empresa de petróleo brasileira, que é a segunda de maior peso no Ibovespa, encerrou o pregão com desvalorização de 2%. A venda das ações acompanhou a desvalorização do petróleo no mercado externo, causada pela expectativa de freio no movimento de aperto monetário pelos bancos centrais dos países desenvolvidos.

Dólar

O dólar terminou a segunda-feira (20/3) com queda de 0,5%, acompanhando a ligeira melhora de humor no exterior. A moeda americana está cotada em R$ 5,24.

 

 

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