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Para sócio do Pátria, prejuízo de fundo foi um “erro pequeno”

Cotistas do investimento que fracassou, voltado para shoppings no interior do país, terão de fazer um aporte médio de R$ 240 mil

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1 de 1 Imagem colorida mostrando as mãos de uma pessoa mexendo na tela do computador, que exibe dados e gráficos sobre o desempenho de ações na bolsa de valores - Metrópoles - Foto: Getty Images

Os cotistas do fundo Pátria Special Opportunities II, voltado para shopping centers no interior do país, e administrado pelo Pátria Investimentos, terão de arcar com um aporte médio de R$ 240 mil por investidor, para deixar o negócio para trás. Isso além de perder o dinheiro já colocado no fundo.

Na semana passada, o Pátria surpreendeu os investidores – e o mercado em geral – ao informar que as cotas do fundo seriam remarcadas. Cada uma delas passaria de um valor positivo de R$ 10,00 para R$ 301,00 negativos. Deu-se, portanto, uma desvalorização de 3.000%.

Nesta sexta-feira (4/8), José Augusto Teixeira, sócio do Pátria, que tem R$ 130 bilhões sob gestão, tentou contextualizar o problema. Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, disse Teixeira: “Foi um erro pequeno, de 0,03% em relação ao que temos em gestão e mesmo frente aos R$ 8 bilhões que investimos por ano”.

Ele acrescentou que o erro foi levado “muito a sério” e, “qualitativamente”, o caso “foi muito mais importante do que quantitativamente”. Afirmou ainda que houve “repercussões e aprendizados importantes” com o episódio.

Ponto final

Segundo o sócio da gestora, um símbolo da Faria Lima, o encerramento do fundo, que ainda precisa ser aprovado por investidores, colocará um ponto final nos investimentos do Pátria nos negócios de shopping centers do interior do país.

A aposta nesse segmento foi feita a partir de 2012. Para o sócio do Pátria, apesar do fiasco, ela não deveria comprometer a reputação do fundo. Ele observou que, entre os investimentos já finalizados pela gestora, os seus fundos devolveram R$ 30 bilhões, frente aos R$ 11 bilhões, aproximadamente, aportados nos últimos 20 anos.

Consumo não veio

De acordo com Teixeira, a expectativa era de que o consumo nesses shoppings passaria por forte aceleração. Isso não aconteceu por causa da crise econômica entre 2014 e 2016 e, muito menos, durante a pandemia, em 2020.

O Special Opportunities II foi criado justamente em 2020, como uma tentativa de salvar parte do dinheiro utilizado para levantar a tese de shoppings, que resultou na formação do fundo Special Opportunities I, de 2012. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) avalia os dois casos.

 

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