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Fraudes no comércio eletrônico chegam a quase R$ 6 bilhões em 2022

Foram 5,6 milhões de tentativas de fraude no e-commerce brasileiro no ano passado; valor médio subiu e celular é o maior alvo de golpistas

atualizado

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1 de 1 e-commerce - Foto: Oscar Wong/Getty Images

As fraudes no comércio eletrônico brasileiro totalizaram quase R$ 6 bilhões em perdas ao longo de 2022. É o que mostra uma pesquisa realizada pela ClearSale, empresa especializada em soluções de prevenção e gerenciamento de risco.

De acordo com o estudo Mapa da Fraude, que analisou mais de 312 milhões de pedidos via e-commerce por meio de cartão de crédito, as ações fraudulentas totalizaram R$ 5,8 bilhões no ano passado – ante R$ 5,4 bilhões em 2021.

Em 2022, o Brasil registrou 5,6 milhões de tentativas de fraude no e-commerce, o que representa uma ligeira queda de 0,3% na comparação com o ano anterior.

Valor médio da fraude sobe

O levantamento da ClearSale mostra que o tíquete médio das fraudes subiu entre 2021 e 2022: no ano passado, foi de R$ 1.046, ante R$ 981 do ano anterior. Em 2022, o valor dos pedidos legítimos ficou em R$ 521.

O segmento de marketplace (ambiente online que reúne diversas lojas) registrou 972 mil tentativas de fraude no período, com tíquete médio 2,4 vezes maior do que o valor médio dos pedidos legítimos. Enquanto 1,8 de cada 100 compras feitas na internet foi tentativa de fraude, esse número chega a 2,8 nos marketplaces.

Celulares são os maiores alvos dos golpistas

Segundo a pesquisa, os maiores alvos dos fraudadores são os celulares (8,2%), com tíquete médio de R$ 2.650. Em seguida, aparecem eletrônicos (8%, com tíquete médio de R$ 2.442) e informática (4,3%, a R$ 2.589).

Segundo a companhia, essas categorias aparecem no topo do ranking das fraudes quase todos os anos porque têm maior liquidez, facilidade de transporte e procura alta em mercados paralelos.

Por região

De acordo com os dados do Mapa da Fraude, a região Norte do Brasil apresenta o maior índice percentual de tentativas de fraude no comércio eletrônico (3,4% sobre a quantidade total de transações).

Também é a primeira no ranking do tíquete médio das fraudes, com R$ 1.420. Em seguida, aparecem Nordeste (2,8%), Centro Oeste (2,5%), Sudeste (2,1%) e Sul (1,1%).

“A quantidade de fraudadores no e-commerce equivale ao número de consumidores que migram para o varejo digital todos os dias, já que os golpistas procuram vigiar os comportamentos dessas pessoas para enganá-las”, explica o diretor-presidente da ClearSale, Eduardo Mônaco.

“Algumas das principais ferramentas utilizadas são a fragilidade emocional dos consumidores, que geralmente acabam atraídos por falsas narrativas, além da exclusão digital, ainda muito forte no país. É fundamental que as instituições se esforcem com medidas efetivas para combater esses crimes.”

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