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Drex: com atraso no cronograma, 1ª fase será concluída em maio de 2024

A projeção inicial do BC era a de que a primeira etapa do Drex, futura moeda digital, terminaria entre fevereiro e março do ano que vem

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1 de 1 Imagem de notas de real, estilizadas e "ambaçadas", com um fundo preto, ilustrando o Real Digital - Metrópoles - Foto: Getty Images

A primeira fase do processo de implementação do Drex, a futura moeda digital oficial do Brasil, será concluída apenas em maio de 2024, de dois a três meses depois da data estipulada no cronograma inicial.

A informação foi divulgada pelo coordenador do projeto do Drex no Banco Central (BC), Fabio Araújo, que participou de uma live promovida pela autoridade monetária para tirar dúvidas sobre o Real Digital.

A projeção inicial do BC era a de que a primeira etapa do Drex terminaria entre fevereiro e março do ano que vem.

Apesar do atraso, a instituição mantém a expectativa de realizar os primeiros testes com a população no fim de 2024 ou início de 2025. O mandato do presidente do BC, Roberto Campos Neto, termina no dia 31 de dezembro de 2024.

Segundo Araújo, a integração entre as empresas participantes do projeto-piloto e a rede do Drex tem sido mais demorada do que se esperava.

“Estamos com alguns problemas. O programa está sendo executado de uma forma um pouco mais lenta do que havíamos planejado para colocar as pessoas para dentro da rede do Drex”, afirmou Araújo.

“O processo de escolha da tecnologia de proteção da privacidade tem se mostrado um desafio grande. Estamos conversando com vários provedores”, prosseguiu. “Para que a gente tenha tempo de conduzir esses testes de privacidade da forma mais adequada, devemos terminar em maio (de 2024), de acordo com o planejamento atual.”

Drex

O Drex será a primeira moeda digital oficial do Brasil. Em linhas gerais, trata-se de uma representação da cédula física do real, só que disponibilizada em uma plataforma 100% digital.

A futura moeda digital seguirá exatamente os mesmos fundamentos e padrões de valor e estabilidade que vigoram no caso do real físico. Ela será emitida pelo BC e funcionará com uma extensão da moeda física. Sua distribuição ao público será feita por meio de bancos e instituições de pagamento.

Segundo o BC, o Drex poderá ser utilizado em todas as atividades financeiras disponíveis atualmente, como empréstimos, seguros ou investimentos. Novas possibilidades de uso, como em “contratos inteligentes”, também são consideradas. No caso da venda de um veículo, por exemplo, não haveria a discussão se caberia ao comprador depositar o valor antes de pegar o carro ou se o vendedor teria de transferir os documentos antes de receber o dinheiro. Todo o processo seria feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado, o que reduziria a burocracia.

Ainda de acordo com a autoridade monetária, uma das diretrizes seguidas para a criação do Drex é a interoperabilidade – capacidade de um sistema de se comunicar com outro – com os meios de pagamento disponíveis atualmente.

Com isso, diz o BC, os usuários da moeda digital poderão fazer pagamentos em lojas, por exemplo, por meio de seu prestador de serviço de pagamento – seja um banco ou outra instituição autorizada pelo BC –, além do Pix.

Uma outra possibilidade de uso do Drex é na transferência de reais digitais para outras pessoas. Nessa transferência, esses valores poderão se transformar em um depósito bancário convencional e os beneficiários podem sacar o dinheiro em cédulas.

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