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Alagoas diz que dívida da Braskem com o estado não está resolvida

Governo alagoano afirma que é o maior credor da empresa, em mais de R$ 20 bi, e questiona o fato de não participar da venda da petroquímica

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Igo Estrela/Metrópoles
Imagem de enorme buraco em rua de Maceió. Ao fundo, um muro pichado com a seguinte frase: "Sonhos destruídos, éramos felizes" - Metrópoles
1 de 1 Imagem de enorme buraco em rua de Maceió. Ao fundo, um muro pichado com a seguinte frase: "Sonhos destruídos, éramos felizes" - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O governo de Alagoas divulgou nesta terça-feira (11/7) um comunicado, no qual questiona o fato de não participar da negociação de uma eventual venda da petroquímica Braskem, empresa que pertence ao grupo Nononor (antiga Odebrecht) e Petrobras.

No texto, um fato relevante, o governo alagoano diz que é o maior credor da Braskem, numa “dívida que supera a casa de duas dezenas de bilhões de reais”. Além disso, afirma que é “imperativo informar aos interessados na aquisição” que o “chamado ‘passivo de Alagoas’ está longe de ter sua resolução positivamente encaminhada”.

O documento acrescenta que a causa da dívida foi um desastre provocado pela extração de sal-gema por parte da Braskem. Ela afundou o solo numa área equivalente a 20% de Maceió, em 2018, e levou à “realocação obrigatória de 60 mil pessoas e 3,6 mil empresas, deixando dez mil desempregados”.

O governo de Alagoas observa ainda que os “informes divulgados pela petroquímica têm o potencial de confundir investidores, as bolsas de valores onde opera, a CVM e os potenciais novos controladores”. “A Braskem sequer zerou ainda sua dívida com os moradores da área mapeada, como de realocação obrigatória, envolvendo 17 mil imóveis”, diz o texto.

A possibilidade de venda da Braskem voltou a ficar em evidência nos últimos meses, quando pelo menos dois compradores, nacionais e internacionais, fizeram propostas para adquirir a empresa. Nesta segunda-feira (10/7), a Petrobras anunciou que realizará uma análise aprofundada da petroquímica para definir se vende a sua parte ou se exerce o direito de preferência no processo de compra da companhia.

Por meio de nota,  Braskem informou:

Até março de 2023 já foram desembolsados R$ 7,5 bilhões com as ações adotadas em Alagoas, incluindo indenizações e medidas socioambientais e econômicas. As provisões já feitas somam mais de R$ 13 bilhões e a companhia segue seu compromisso de cumprir os acordos assinados com as autoridades alagoanas. Esses dados constam dos resultados da companhia divulgados ao mercado. A respeito do processo de venda das ações da Braskem, a companhia reforça que não conduz eventuais negociações de seus acionistas e que qualquer alteração acionária não altera os compromissos assumidos pela companhia nos acordos de Alagoas.

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