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Trump e Kim Jong-un debaterão fim do programa nuclear norte-coreano

Além da desnuclearização, os líderes devem discutir a estabilização de relações diplomáticas e a sobrevivência do regime de Pyongyang

atualizado

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EPA/KCNA
North Korea’s Kim vows to make US President Trump pay dearly for remarks made at UN assembly
1 de 1 North Korea’s Kim vows to make US President Trump pay dearly for remarks made at UN assembly - Foto: EPA/KCNA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da Coreia do Norte, Kim Jong-un, já estão em Cingapura, onde se encontram amanhã (12/6) para discutir, entre outros assuntos, o fim do programa nuclear coreano. A imprensa mundial está atenta para o encontro inusitado entre os líderes dos países que, há décadas, são considerados inimigos. Além da desnuclearização, Kim e Trump devem debater a estabilização das relações diplomáticas entre os países e a sobrevivência do regime de Pyongyang.

Direitos Humanos
O jornal espanhol El País traz um alerta na manchete: “Os direitos humanos relegados na cúpula de Kim e Trump”. Como o foco do encontro é a tentativa americana de convencer o líder coreano de desistir de seu programa nuclear, pouco tem se falado sobre as violações de direitos humanos na Coreia do Norte.

De acordo com o periódico, 300 organizações não governamentais enviaram uma carta a Kim Jong-un, pedindo mudanças e o fim dos abusos que, de acordo com a Anistia Internacional, afetam entre 80 mil e 120 mil pessoas. Em janeiro deste ano, segundo Trump, “nenhum país oprimiu seus próprios cidadãos mais completa ou brutalmente do que na cruel ditadura da Coreia do Norte”, relembra o El País.

Um documento da Comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, de 2014, denunciava a situação na Coreia do Norte, que incluía “crimes contra a humanidade como extermínio, assassinato, escravidão, tortura, prisão, violações, abortos forçados e outras violências sexuais, perseguições por motivos religiosos, raciais e de gênero, deslocamentos forçados da população, desaparição de pessoas, entre outros crimes”.

Em outra matéria, o El País se refere ao forte reforço de segurança, em Cingapura, para a Cúpula. “A cidade-estado de 5,6 milhões de habitantes viu alterado seu ritmo habitual para sediar o evento de maior ressonância internacional que já recebeu”. O encontro vai custar aos cofres de Cingapura US$ 15 milhões – metade dos quais em despesas de segurança.

Novo Relacionamento
Já a britânica BBC destacou a divulgação, por parte da mídia estatal norte-coreana, da possibilidade de o país “estabelecer um novo relacionamento” com os Estados Unidos. E ressalta a mudança de tom da Coreia do Norte após décadas de animosidade.

Trump disse ter um “bom pressentimento” sobre a tão esperada cúpula e twittou hoje de manhã sobre haver “excitação no ar”, mostra reportagem da BBC. De acordo com o secretário de estado norte-americano, Mike Pompeo, os EUA estão dispostos a oferecer garantias de segurança “exclusivas” para a Coreia do Norte e ressaltou o objetivo norte-americano na desnuclearização completa, verificável e irreversível da península coreana.

O jornal francês Le Figaro traz o seguinte destaque: “Conversações entre Washington e Pyongyang movem-se rapidamente”. Os Estados Unidos estão “prontos para dar condições de segurança à Coreia do Norte”, mas cientes de que haverá muito trabalho a ser feito. O jornal também destacou o tom otimista de Mike Pompeo em uma coletiva dada no domingo (10/6).

O jornal português Expresso afirma que a desnuclearização da península coreana é o tema mais complexo, capaz de determinar o sucesso ou o fracasso da cúpula. “A desnuclearização é o cerne absoluto do encontro, mantendo-se um enorme fosso, os quais diplomatas de ambos os países tentam contornar.”

O Expresso trata ainda da pouco provável aceitação de Kim Jong-un em desmontar um arsenal construído ao longo de décadas e questiona ainda a confiança de Kim Jong-un em Trump, atualmente um colecionador de acordos rasgados, ao citar o exemplo do acordo nuclear iraniano, “tão meticulosamente negociado”.

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