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Especialistas apontam atuação de grupo russo com fake news sobre Kate

Segundo pesquisadores da área de segurança, rumores teriam sido ampliados e intensificados por grupo que tem base na Rússia

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Kate Middleton
1 de 1 Kate Middleton - Foto: Getty images

Um grupo de desinformação com base na Rússia pode ter ampliado e aumentado os rumores e as conspirações nas redes sociais sobre a saúde da princesa de Gales, Kate Middleton. É o que acreditam pesquisadores da área de segurança. As informações são da BBC.

Os especialistas que analisam dados de redes sociais dizem que há fortes indícios de uma campanha coordenada, partilhando e aumentando as alegações falsas e os conteúdos divisivos, tanto em apoio como em crítica à princesa.

Dias antes de Kate revelar o diagnóstico de câncer em uma mensagem de vídeo, houve um aumento de rumores on-line e, muitas vezes, de alegações sobre a sua saúde, aumentando a pressão emocional sobre a princesa e o marido, o príncipe William.

Autuação de grupo russo

Conforme os pesquisadores, a campanha é consistente com os padrões anteriores de um grupo de desinformação russo. As contas envolvidas também divulgavam conteúdo contrário ao apoio da França à Ucrânia, sugerindo um contexto internacional mais amplo para os rumores reais.

Essa rede específica de influência estrangeira tem histórico nessa área, com foco na erosão do apoio à Ucrânia após a invasão da Rússia.

A BBC havia rastreado pesquisadores amadores e usuários reais de mídia social que iniciaram e impulsionaram especulações e teorias da conspiração.

Mesmo sem qualquer impulso artificial, essas afirmações acumularam milhões de visualizações e curtidas. E os algoritmos já promoviam esse tema nas redes sociais sobre a realeza, sem a intervenção de redes de contas falsas.

Segundo Martin Innes, diretor do Instituto de Inovação em Segurança, Crime e Inteligência da Universidade de Cardiff, os seus pesquisadores encontraram tentativas sistemáticas de intensificar ainda mais a onda de rumores sobre a princesa, com hashtags reais compartilhadas bilhões de vezes através de uma série de plataformas de redes sociais.

Segundo ele, o grupo não é uma entidade estatal, mas está ligada a pessoas que foram recentemente alvo de sanções nos Estados Unidos por alegarem que faziam parte de uma “campanha de influência maligna” que espalhava notícias falsas.

Ele afirma que os agentes que dirigem esta máquina de boatos seriam vistos na Rússia como “tecnólogos políticos”.

Teorias da conspiração

Dados das redes sociais, analisados pela equipe da Universidade de Cardiff, mostram picos extremos e a partilha simultânea de mensagens de uma forma que consideram consistente com a operação de uma rede de contas falsas.

Jon Roozenbeek, especialista em desinformação do King’s College, de Londres, diz que esse envolvimento russo em teorias da conspiração é “independente do assunto” — na medida em que eles não se importam realmente com o assunto, pode ser qualquer coisa que “desperte cliques” e acrescente tensões sociais.

Segundo ele, o grupo procura “questões intermediárias” de forma oportunista.

Frases idênticas — como “Por que esses grandes canais de mídia querem nos fazer acreditar que esses são Kate e William?” — foram compartilhadas por várias contas.

Embora se saiba que pessoas reais compartilham novamente a mesma mensagem nas suas próprias contas desta forma – uma tática referida como “copypasta” — existem outras pistas sobre as contas, que sugerem uma rede mais organizada.

Outra frase sobre Kate foi compartilhada ao mesmo tempo por aparentemente 365 contas diferentes no X, antigo Twitter. Houve também novas contas no TikTok, criadas nos últimos dias, que pareciam não divulgar nada além de rumores reais.

Mostrando o crescimento do desafio, o TikTok afirma que derrubou mais de 180 milhões de contas falsas em apenas três meses.

Avisos de notícias falsas

As embaixadas do Reino Unido na Rússia e na Ucrânia tiveram que divulgar avisos de notícias falsas na semana passada sobre os boatos que circulavam de que o rei Charles 3º estaria morto.

Quando se trata de apontar o responsável por tais atividades, pode ser difícil atribuir essa rede de desinformação a um determinado grupo, organização ou estado. E para dificultar ainda mais o cenário estão todos os tipos de indivíduos, grupos de interesse e outros atores estrangeiros comentando nas redes sociais sobre o mesmo assunto.

Por exemplo, neste caso, uma pista foi um vídeo de origem russa que apareceu frequentemente nas trocas de informações nas redes sociais sobre Kate e que tinha sido previamente identificado com um determinado grupo de desinformação.

Esse mesmo grupo que espalhou rumores contra a princesa também fez parte de campanhas online desestabilizadoras na França, diz Innes.

O presidente da França, Emmanuel Macron, que é visto como alguém com uma posição cada vez mais dura em relação à Ucrânia, tem enfrentado uma tempestade de rumores pessoais hostis.

A agência estatal francesa para combater a desinformação, Viginum, alertou sobre extensas redes de notícias falsas divulgadas por sites e contas de redes sociais ligados à Rússia.

A família real do Reino Unido, incluindo o Príncipe William, tem apoiado abertamente a Ucrânia desde a invasão da Rússia.

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