Cuba identifica 50 das 111 vitimas em acidente aéreo
Duas sobreviventes seguem internadas em estado crítico extremo, com risco de complicações; operações da companhia aérea foram paralisadas
atualizado
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O diretor do Instituto Médico Legal de Cuba, Sergio Rabell, disse que 50 dos 111 mortos no acidente da última semana foram identificados até esta terça-feira (22/5). Dentre eles, estão o piloto, o copiloto e outros membros da tripulação mexicana.
Rabell listou os nomes dos mexicanos que estava a bordo do voo, no Boeing 737. Eles são Ángel Luis Nuez Santos, de 53 anos e piloto do avião; Miguel Ángel Arreola Ramírez, 40, copiloto; Marco Antonio López Pérez, de 30, comissário, e Guadalupe Beatriz Límon García, 25, comissária. Duas comissárias ainda não foram identificadas.
O diretor explicou que, no caso do piloto e do copiloto, foram feitos uma necropsia e outros exames exigidos pelo protocolo de aviação e “os resultados já estão nas mãos dos peritos”.Ainda falta reconhecer os corpos de outros quatro estrangeiros: um casal de argentinos, uma turista mexicana e um dos dois saarauís que viajavam na aeronave acidentada – o outro já foi identificado, assim como 50 cubanos.
Segundo o embaixador do México em Cuba, Enrique Martínez y Martínez, os corpos de seus compatriotas serão entregues “o mais rápido possível” aos seus parentes, que estão na ilha desde sábado.
“O mais importante para nós é que a família deixada no México – seus filhos, irmãos, pais – esteja com seus entes queridos lá e possam dar a cristã sepultura o mais rápido possível”, declarou Martínez. O diplomata confirmou que “técnicos e investigadores” de seu país participam da investigação realizada por Cuba para esclarecer as causas do desastre.
Luta pela vida
A aeronave, fabricada em 1979, era usada pela estatal Cubana de Aviación e pertencia à empresa mexicana Damojh (Global Air). As autoridades aeronáuticas mexicanas suspenderam temporariamente as operações da companhia para revisar as medidas de segurança de seus aviões.
Enquanto isso, duas das três cubanas que a princípio sobreviveram ao acidente – a terceira morreu na segunda-feira – continuam lutando pela vida em um hospital de Havana, reportadas em “estado crítico extremo, com alto risco de complicações”.