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Brasileira espancada e vítima de xenofobia nos EUA: “Violência gratuita”

Brasileira desabafou que não consegue sair de casa e escuta a voz da agressora ecoando na cabeça. Ela perdeu um dente e deslocou um braço

atualizado

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Reprodução/Arquivo pessoal cedido ao GLOBO
Montagem do rosto da brasileira espancada nos EUA (a esquerda) e momento da agressão (a direita) - Metrópoles
1 de 1 Montagem do rosto da brasileira espancada nos EUA (a esquerda) e momento da agressão (a direita) - Metrópoles - Foto: Reprodução/Arquivo pessoal cedido ao GLOBO

A brasileira que foi espancada na última quarta-feira (29/3), em Framingham, Massachusetts, nos Estados Unidos (EUA), desabafou em entrevista que não consegue trabalhar, tem dificuldades de sair e, além disso, escuta a voz da agressora ecoando na cabeça.

A vítima foi identificada como Raíssa Garcia, 36 anos. No momento da agressão, a mulher estava acompanhada dos filhos. Em postagem nas redes sociais, ela afirmou que os dois ficaram traumatizados com o incidente. De acordo com o O Globo, a brasileira é mão solo e mudou com os filhos para os EUA em 2018.

Já a agressora, a norte-americana Michelle Milburn, de 45 anos, foi presa no mesmo dia e passou uma noite detida. No entanto, saiu da prisão após pagar uma fiança de aproximadamente R$ 12,6 mil.

Devido a agressão, a brasileira perdeu um dente e deslocou um braço. Em entrevista a uma rádio americana, ela afirmou que sente dores na costela sempre que usa cinto de segurança no carro. Além dos ferimentos, ela conta que está machucada porque sofre de fibromialgia crônica.

“Estou sem condições de trabalhar e meus filhos com medo de ir à escola. A voz daquela mulher ecoa na minha mente o tempo todo falando aquilo que ela repetia para mim. Minha vida não está normal. Ando na rua sentindo que tem alguém me vigiando e falando alguma coisa e, desde aquele dia, não consigo dormir mais”, disse Raíssa ao jornal O Globo.

Ela acredita que, ainda, vai demorar muito tempo para se recuperar do incidente. “Estou tomada por uma sensação de impotência muito grande porque foi uma violência gratuita”, contou.

Além das dores físicas e psicológicas, Raíssa também precisou lidar com diversos comentários ofensivos na internet nos últimos dias. Alguns deles tentam “justificar” as agressões sofridas, um usuário chegou a afirmar que ela “deveria ter apanhado até morrer”.

“Ela julgou que eu não era americana. Ela não esperou eu trocar uma palavra sequer. Por que ela chegou a essa conclusão? Porque o meu cabelo é escuro? Porque eu tenho traços indígenas? Sou descendente de índios, sou do Brasil. Tenho muito orgulho de ser brasileira e de ter conseguido chegar sozinha nesse país com dois filhos. Isso ela não vai conseguir tirar de mim”, declarou Raíssa.

Entenda o caso

Uma brasileira foi espancada por uma norte-americana em Framingham, Massachussets, nos Estados Unidos (EUA). O caso aconteceu na noite da última quarta-feira (29/3) e foi motivado por xenofobia.

Em vídeo que registra o momento, é possível ouvir a agressora, identificada como Michelle Milburn, de 45 anos, gritando para a brasileira em outro carro: “Volta para o seu país”. Após começar a gritar para que ela voltasse a seu país, a americana estacionou o carro na frente do veículo da brasileira.

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