metropoles.com

Olinda: pai e filho difundem gastronomia nordestina no DF há 35 anos

Conheça a história da família de homens apaixonados por gastronomia por trás do Olinda, tradicional restaurante nordestino em Brasília

atualizado

Compartilhar notícia

Romão pai, filho e neto
1 de 1 Romão pai, filho e neto - Foto: null

Bondoso, trabalhador e amoroso. Essas são as características descritas pelo chef Romão Gomes de Olinda Filho sobre o próprio pai, Romão Gomes de Olinda, de 66 anos. Além do nome, ele herdou do genitor o amor pela cozinha nordestina e o restaurante da família fundado há três décadas e meia em Taguatinga, o Olinda Comida Nordestina.

“Eu tenho apenas 28 anos. Tudo o que eu sei sobre o início do restaurante foi o que escutei do meu pai e das pessoas que frequentam a casa até hoje. Para mim, é um privilégio honrar a história dos meus pais e dar continuidade ao que eles começaram com tanta luta e sacrifício”, revela Filho em entrevista especial de Dia dos Pais, celebrado neste domingo (14/8), ao Metrópoles.

5 imagens
Romão Filho, responsável pelo Olinda Comida Nordestina, e o mascotinho do restaurante, Romão Gomes de Olinda Neto
Casa gastronômica situada em Taguatinga é uma verdadeira ode à culinária nordestina
Na decoração, detalhes que remetem ao Nordeste
Pratos com carne de sol são as grandes estrelas do menu
1 de 5

Romão Gomes de Olinda, fundador do Olinda Comida Nordestina

Regis Velasquez/Especial Metrópoles
2 de 5

Romão Filho, responsável pelo Olinda Comida Nordestina, e o mascotinho do restaurante, Romão Gomes de Olinda Neto

Regis Velasquez/Especial Metrópoles
3 de 5

Casa gastronômica situada em Taguatinga é uma verdadeira ode à culinária nordestina

Regis Velasquez/Especial Metrópoles
4 de 5

Na decoração, detalhes que remetem ao Nordeste

Regis Velasquez/Especial Metrópoles
5 de 5

Pratos com carne de sol são as grandes estrelas do menu

Regis Velasquez/Especial Metrópoles

Ele, que é pai de Romão Gomes de Olinda Neto (sim, são três homens com o mesmo nome na família), afirma sempre ter tido a figura paterna como um amigo, apesar da criação rígida em casa. “Cresci em um lar com educação típica do sertanejo nordestino. Apesar disso, ele é e sempre foi um superpai”, afirma o cozinheiro.

Gastronomia no sangue

Ao contrário de boa parte das pessoas, Filho aprendeu a se aventurar na cozinha com o pai, e não com a mãe. Foi no restaurante inaugurado em 1987 que Romão descobriu o amor pela gastronomia. “O meu pai sempre foi uma referência. Ele contava sobre a vida difícil que tinha no sertão enquanto salgava carne. Aquilo, para mim, era como um filme. O meu interesse pela gastronomia começou ali”, comenta Romão.

Romão pai, filho e neto
No futuro, o plano é que Gusmão Neto, atual mascotinho do restaurante, assuma e prospere o negócio familiar

Em casa, a cozinha era o cômodo principal da família Gusmão. Os filhos, claro, cresceram ao redor da mesa. “Lembro da gente preparando e comendo algum prato típico nordestino. Essas sempre eram as melhores refeições, pois eram acompanhadas de muita história e gargalhadas”, relembra o chef.

Dentre as receitas nordestinas que o pai faz, o herdeiro ressalta buchada de bode, rubacão, baião de dois e bode com cuscuz como as preferidas do genitor. “São as que ele mais gosta de fazer”, diz. A carne de sol também é destacada por Filho.

“Desde pequeno, eu via o meu pai salgar uma quantidade absurda de carne. Eu achava aquilo mágico e ficava morrendo de vontade de salgar também. Eu sempre ajudava ele, mas nunca na salga. Até que, de tanto insistir, ele foi cedendo e me ensinou”, rememora Romão.

O prato de carne de sol com baião de dois é o carro-chefe do restaurante. Filho, que sempre admirou o corte da proteína, conta que a aprimorou. Hoje, pensa em como entregar o prato típico melhor apresentado.

Carne de sol, prato principal da casa
Carne de sol, prato principal da casa

Cozinha de heranças

Foi aos 16 anos que Romão decidiu que queria ser chef, idade que começou a estudar gastronomia de maneira profissional. “Lembro que treinava pratos em casa e, no outro dia, o meu pai fazia uma releitura. Era meio que um MasterChef dentro de casa”, conta.

“O meu pai fazia os pratos do jeito dele, e a gente fazia essa competição de qual era o melhor. Era muito divertido”, revela.

Aos 19 anos, Filho assumiu a cozinha do Olinda e, com novos estudos e experiências, deu uma repaginada no cardápio da casa. Ainda sim, manteve a essência nordestina do estabelecimento. Apesar da diferença de idade, o jovem cozinheiro revela: “O meu pai ainda bota a mão na massa. Um sempre ajuda o outro na cozinha.”

Há 35 anos ativo em Taguatinga, o restaurante resgata pratos típicos nordestinos misturados a memórias afetivas, além de um tempero especial que todo empreendimento familiar tende a ter: amor. “O meu pai me deu muito além do nome dele. Me ensinou sobre valores, honestidade, trabalho duro e família. A verdade é que eu sempre me espelhei muito nele — e vou continuar”, promete.

O plano do clã é que Romão Gomes de Olinda Neto assuma as caçarolas do restaurante no futuro, dando continuidade à empresa familiar.

Romão pai, filho e neto
Romão pai, filho e neto

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?