Dois jogadores admitem que manipularam partidas do Brasileirão 2022
Lateral esquerdo Moraes Júnior, ex-jogador do Juventude, e zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, admitiram ter participado de esquema
atualizado
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Em depoimentos por vídeo ao Ministério Público de Goiás, dois jogadores confessaram ter participado de esquema de manipulação de jogos no Brasileirão 2022.
As declarações foram dadas pelo lateral esquerdo Moraes Júnior (ex-jogador do Juventude e que atualmente joga pelo Atlético Goianiense) e pelo zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino. Veja as confissões:
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Reprodução/UOL
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Os vídeos foram revelados pelo Uol na noite deste sábado (13/5).
De acordo com as declarações, Moraes aceitou R$ 30 mil para receber um cartão amarelo no jogo do Juventude contra Palmeiras em 10 de setembro de 2022. Ele, no entanto, teria ganhado apenas R$ 5 mil do combinado, mas ainda assim aceitou uma nova proposta dos aliciadores em partida contra Goiás, que ocorreu em 5 de novembro de 2022.
“Uma parte do dinheiro é depositada antes da partida”, contou.
O lateral novamente teria de conseguir um cartão amarelo para arrecadar R$ 50 mil – valor que novamente não foi pago. Em depoimento, Moraes conta que outros jogadores também estariam participando do “bem-bolado” da partida.
Já o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, teria aceitado levar cartão para receber R$ 70 mil. A manipulação teria ocorrido em uma partida do time paulista contra o América-MG. No entanto, o jogador recebeu “apenas” R$ 30 mil. Veja as declarações:
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Entenda o esquema
O futebol brasileiro passa por um momento delicado envolvendo casas de apostas e um suposto esquema de manipulação de resultados de jogos. Até o momento, 16 jogadores estão sendo investigados pela Justiça na operação Penalidade Máxima II.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou 16 pessoas por fraudes por manipulação de resultados em 13 partidas de futebol: oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais realizados em 2023.
Assinada por promotoras e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Combate ao Crime Organizado, a peça é resultado da Operação Penalidade Máxima II, e já foi recebida pelo Poder Judiciário.
