metropoles.com

Netflix: Luz traz visibilidade a povos tradicionais em trama familiar

Estrelada por Marianna Santos, a série Luz, da Netflix, é a primeira produção infantojuvenil brasileira original

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/Netflix
Cena da série Luz, da Netflix - Metrópoles
1 de 1 Cena da série Luz, da Netflix - Metrópoles - Foto: Divulgação/Netflix

Luz chega ao catálogo da Netflix e carrega consigo o título de primeira série infantojuvenil brasileira original da plataforma. Estrelada por Marianna Santos, que recebe o nome homônimo da obra, o elenco da produção ainda conta com Celso Frateschi, Mel Lisboa, Marcos Pasquim, Claudia Di Moura, Daniel Rocha, entre outros.

A série chega em um momento no qual o serviço aproveita a transição do público jovem da televisão tradicional para o streaming. Entretanto, Luz vai ainda mais além e traz assuntos importantes à discussão, sempre de maneira leve, como a questão indígena, relacionamentos tóxicos, uma mulher negra em posição de liderança e mais.

0

A trama começa com o nascimento de Lua (Marianna Santos). Seu pai morre em um acidente de carro indo para o hospital e ela é roubada após o parto por Baltazar (Marcos Pasquim), capanga de seu avô, Carlos Ferreira (Celso Frateschi). A ideia do fazendeiro é deixar o bebê sozinho na floresta, já que ele considera a menina como uma maldição que matou seu filho.

Entretanto, o personagem de Pasquim desiste da ação e leva a garotinha para Gá (Claudia Di Moura), líder da Tribo Kaingang. Nove anos depois, a história mostra o desenvolvimento de Luz, até descobertas que a levam para a escola fictícia da série.

Com uma floresta real como cenário para as gravações, e uma preparação específica para que o elenco pudesse utilizar o local, Luz entre uma fotografia inspirada e cenas muito reais para a telinha.

É, também, neste local, que a tribo Kaingang aparece na trama. O elenco esteve ao lado dos indígenas e teve muito contato com eles, principalmente Claudia Di Moura, Daniel Rocha e Marianna Santos. A jovem, durante entrevista ao Metrópoles, expressou a sua honra por participar da produção e, ainda, de poder levar esse assunto para as crianças e também para as famílias.

Um assunto importante da série é a parentalidade e a inversão da colonização. Como Claudia Di Moura explicou, esse é um ponto muito característico da produção. Quando Luz é entregue para os Kaingang por Baltazar, a criança se desenvolve e cresce nesta cultura, pegando suas características e também o idioma da tribo.

Passando para os atores, cada um traz uma características marcantes e bem definidas. Carlos é aquele fazendeiro rico e malvado que quer se livrar de Luz a todo o custo e atua como um contraponto. Baltazar é um serviçal que atende ao patrão, mas que é muito marcado por decisões feitas com o coração. O personagem de Celso ainda conta com Valéria (Mel Lisboa) que é contratada para descobrir o segredo do companheiro e descobre que a criança está viva.

Na parte mais infantil da produção, Luz, assim como outros artistas de sua idade, brincam de atuar e trazem a pureza, criatividade, curiosidade e todas as características que crianças de cerca de nove anos trazem. É muito bonito ver como eles interagem e isso gera momentos engraçados onde os espectadores vão torcer para que tudo dê certo.

Daniel Rocha dá vida ao professor Marcos e tem o seu lado infantil muito aflorado. Ele é o ponto de encontro entre o mundo adulto e o infantil e cria muitas situações que ajudam a trama a ter um desenrolar cada vez encaixado e, claro, com algumas situações que seriam diferentes na vida real, mas que são adaptadas para a série e em nada atrapalham.

O rapaz tem uma amizade muito boa, às vezes com tons de paixão, com Dora (Gabriela Moreyra), que namora um outro homem. Entretanto, o relacionamento entre os personagens fica cada vez mais forte e é possível ver outro ponto importante abordado: as relações tóxicas.

Colocada de maneira “suave”, se assim podemos colocar, a personagem vai descobrindo junto ao público que está vivendo algo controverso. Como Gabriela contou ao Metrópoles, é tudo feito de maneira mais leve, por se tratar de uma série infantojuvenil.

Outro assunto importante que a série toca é a de uma mulher negra, Isabela (Dandara Albuquerque) ser diretora do colégio e assumir um papel de liderança. A artista celebrou interpretar uma personagem com esse protagonismo.

Em suma, a produção é muito bem feita e traz elementos de fantasia, com ótima fotografia, temas muito importantes, mas sem esquecer que é voltada para a família e para o público infantojuvenil. Se você quer um entretenimento para a família, Luz é uma série recomendada para você.

Avaliação: Ótima

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?