metropoles.com

Diretor de cinebiografia diz que Elis Regina tinha medo de Tom Jobim

Roberto de Oliveira esteve presente na gravação do disco Elis & Tom nos Estados Unidos e detalhou a produção e direção do documentário

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Foto em preto e branco de Tom Jobim e Elis Regina. Eles estão próximos a um piano - Metrópoles
1 de 1 Foto em preto e branco de Tom Jobim e Elis Regina. Eles estão próximos a um piano - Metrópoles - Foto: Reprodução

Tom Jobim e Elis Regina foram responsáveis por gravar Elis & Tom em 1974, icônico disco que marcou época e embala diversas gerações. Agora, nesta quinta-feira (21/9), estreia o documentário Elis & Tom, que conta os bastidores da produção musical.

Em entrevista ao Metrópoles, o diretor Roberto de Oliveira falou sobre os bastidores do disco e revelou que a relação entre os dois artistas era conturbada, como exposto nas gravações presentes no filme.

“A preparação de uma obra artística não é fácil, exige muito trabalho, e como toda atividade de equipe, tem conflitos. Eles já tinham um conflito anterior, alguns mal entendidos, então a Elis era um pouco intimidada pela figura do Tom, que era visto como um monstro sagrado. Ao invés dela tentar se aproximar, ela se retraía um pouco e ficava na defensiva”, conta.

0

Ainda em 1974, Roberto, que era empresário de Elis Regina, promoveu o encontro e teve a ideia de registrar o momento entre a cantora e Antonio Carlos Jobim. A gravação original ficou guardada por 45 anos e foi restaurada em 2018, promovendo as imagens inéditas que aparecem no documentário. O diretor afirma que sempre acreditou estar diante de um momento único.

“A gente não tinha um plano de gravação, então chegando nos Estados Unidos, a gente improvisou. A câmera estava no estúdio de forma meio clandestina, o que deu um charme para as imagens. Não havia um roteiro previsto, foi uma captação sem saber o que seria feito com ela, mas sabendo que era um momento histórico e deveria ser registrado”, recorda.

O destaque do filme, para além do tenso bastidor que é exposto, é o resultado final. O projeto teve altos e baixos e, por fim, tornou-se um sucesso mundial. Para o diretor, Tom Jobim reforçou seu nome mundialmente e Elis Regina ganhou força internacional com sua voz e talento.

“Tem lições que são subliminares, mas as pessoas vão entender. O disco e o documentário são uma prova de que a arte aproxima os contrários e não impede que os contrários produzam uma obra prima. Isso é muito interessante e mostra que as pessoas de opiniões diferentes, quando se juntam para o bem, podem construir coisas lindas”, conclui.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?