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George Clooney sobre O Céu da Meia-Noite: “Negando a ciência, tudo acaba”

O ator e diretor falou sobre seu novo filme para a Netflix, que chega ao streaming nesta quarta-feira (23/12)

atualizado

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Philippe Antonello/Netflix
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1 de 1 O_Ceu_da_meia_noite_Netflix_4 - Foto: Philippe Antonello/Netflix

O espaço serve, há muito tempo, de inspiração para cineastas. Nos anos recentes, produções se voltaram para o universo em busca de uma resposta bastante humana: para onde vamos se destruirmos nosso planeta? Pertencente a esta safra, O Céu da Meia-Noite, dirigido por George Clooney, estreia na Netflix, nesta quarta-feira (23/120.

Baseado no livro Good Morning, Midnight, de Lily Brooks-Dalton, o filme narra a trajetória de um cientista empenhando em impedir que um grupo de astronautas volte à Terra, que, no mundo fictício, está completamente destruído, em meio a um apocalipse climático.

George Clooney, além de dirigir o longa, vive o cientista Augustine. Para o ator, O Céu da Meia-Noite retrata um cenário que, infelizmente, se torna cada vez mais possível.

“Quando começamos a pensar no filme, nossa ideia era falar sobre o que homens são capazes de fazer para si mesmo e para a humanidade. Neste momento em que estamos cheios de raiva e ódio em nossas vidas – não só nos Estados Unidos, mas como no mundo todo – cabe pensar que se mantivermos isso por 30 anos, esse cenário [mostrado no longa] não inimaginável. Se continuarmos negando a ciência e a mudanças climáticas, vamos destruir tudo”, avaliou George Clooney, em coletiva da qual o Metrópoles fez parte.

O personagem de Clooney tem papel central no longa: Augustine é o responsável por unir as duas linhas narrativas de O Céu da Meia-Noite. Filmado antes do início da pandemia de Covid-19, o novo filme da Netflix tem, segundo seu diretor, um diálogo com o momento atual.

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“Na minha visão, é uma história sobre o que somos capazes. Depois de a gente filmar, começou a pandemia e deixou mais claro que nossa trama fala sobre o desejo de estar em casa, de se comunicar com que amamos, de como enfrentar os problemas para se comunicar”, completou Clooney.

A existência

A atriz Felicity Jones, que dá vida à astronauta Sully, acredita que O Céu da Meia-Noite gera discussões sobre questões mais íntimas e até debates existenciais.

“O que eu amei no filme é que ele pergunta questões existenciais, sobre qual o sentido da vida e o que fazemos aqui. São questões que estamos nos fazendo durante essa pandemia. E, ao mesmo tempo, é um drama sobre família e paternidade”, avalia a atriz. “Não fizemos uma ficção, é quase um documentário”, brincou.

Essa, na visão do elenco, é o diferencial do filme em relação à recente safra de longas espaciais. Clooney define a obra como uma mistura de Gravidade (do qual o próprio ator faz parte) e o Regresso: tendo menos sequências de ação e mais tramas reflexivas.

Esse aspecto mais “filosófico” (e o uso das aspas é proposital), ao mesmo tempo que ajuda, torna o filme lento em alguns momentos. Sobretudo, nas sequências em que Clooney contracena com a atriz-mirim Caoilinn Springall. É nessas cenas que a solidão de Augustine fica evidente.

Diversidade

O filme traz duas mudanças em relação ao livro: a primeira é a astronauta grávida. Sully, no longa, só espera um filho porque, na vida real, Felicity Jones engravidou. “Fiquei muito feliz que o George me deixou continuar no projeto”, revela a atriz. “O filho virou um personagem”, completa o diretor.

A segunda mudança diz respeito ao nome de uma dos membros da tripulação. No livro, o comandante se chama Harper, porém, o ator David Oyelowo sugeriu um nome africano: Adewole.

“Falei com o George sobre o fato de eu nunca ter visto um astronauta africano nos filmes e sobre como eu gostaria de ver minha cultura, minha herança, refletidas em O Céu da Meia-Noite”, conclui o ator.

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