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Crítica: Troll da Montanha diverte com olhar sobre folclore norueguês

O Troll da Montanha se tornou o filme mais visto da Netflix nas últimas semanas: longa fala de uma lenda da Noruega

atualizado

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Netflix/Divulgação
O Troll da Montanha
1 de 1 O Troll da Montanha - Foto: Netflix/Divulgação

Após ficar aprisionada por mil anos nas profundezas da montanha de Dovre, uma criatura gigantesca chega à superfície. Ela inicia uma jornada rumo à capital da Noruega, deixando destruição e caos em seu rastro. Um grupo de heróis se une para impedi-la. Mas como deter algo que deveria existir apenas no folclore norueguês?

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Uma das coisas mais interessantes da Netflix e sua abrangência de conteúdo é o acesso a produções do mundo todo. Como imaginar que um filme sobre um elemento do folclore norueguês viraria um viral? Pois é isso que ocorre com O Troll da Montanha, produção que mistura aventura, ação e fantasia.

Em O Troll da Montanha, um monstro aprisionado por mil anos nas profundezas da montanha de Dovre chega à superfície e deixa um rastro de destruição em seu caminho à capital do país, Oslo. Ninguém parece saber como deter tal criatura, a não ser um exótico grupo formado por um “folclorista”, uma paleontólega, um militar e um burocrata.

O filme da Netflix, dirigido por Roar Uthaug, traz em sua essência um conflito entre a tradição oral e a razão. Pode o folclore e os costumes serem completamente ignorados? Tal questão fica evidente quando um militar fala: “Nossas armas tecnológicas não são capazes de enfrentar esse desafio”.

O Troll da Montanha, então, parte em uma aventura de fantasia, no estilo de longas como Godzilla, King Kong e outros que envolvem monstros gigantes. É ágil e tem uma trama envolvente: o que justifica estar entre os mais vistos da Netflix.

No entanto, o filme se esvazia na quantidade de subtextos que tenta (e não consegue) abordar. O troll – figura central do filme – é, ao mesmo tempo, símbolo do caos ambiental (promovido pela ganância do “desenvolvimento”), um resgate das tradições e uma crítica à intolerância religiosa.

Mesmo que sejam louváveis, O Troll da Montanha não consegue nem mesmo ser superficial nessas discussões – fruto de um roteiro bastante remendado. Tal questão fica evidente no desfecho capenga da obra.

Mas, mesmo que esses problemas estejam aí, é inegável que O Troll da Montanha atrai atenção pela aventura e pelo mergulho em uma cultura poucas vezes explorada no cinema.

Avaliação: Regular

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