Enterrado jovem assassinado durante pré-carnaval. Família não quis dar declarações
Wesley Sandrikis Gonçalves da Silva levou três tiros e morreu na hora durante o desfile do bloco Encosta que Cresce, próximo á Funarte, no último sábado
atualizado
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Dois dias após ser baleado em um bloco de pré-carnaval, o corpo de Wesley Sandrikis Gonçalves da Silva foi enterrado no cemitério do Gama. O jovem, que tinha 29 anos, foi alvo de três disparos no tórax no bloco Encosta que Cresce, que acontecia próximo a Funarte, no sábado (30/1) à noite. Ele morreu na hora.
Wesley cursava educação física e morava em Samambaia. A família da vítima realizou também o velório da avó de Wesley, que faleceu no mesmo dia do neto, por causas naturais. A mãe de Sandrikis tentava avisá-lo do falecimento quando ele sofreu os disparos. De acordo com informações preliminares, a vítima teria duas passagens pela polícia, uma por lesão corporal e outra por furto.
Na avaliação do subsecretário de Operações de Segurança da Secretaria de Segurança Pública, coronel Márcio Pereira, trata-se de um caso isolado, possivelmente um acerto de contas.
Durante o enterro, familiares, muito abalados, não quiseram dar entrevistas. Ao menos 250 pessoas compareceram ao cortejo. A polícia ainda não identificou o autor dos disparos.
Um outro jovem foi atingido pelos disparos, mas sem gravidade. Herbert Max, de 19 anos, foi transportado para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Ele levou um tiro na altura do quadril e já teve alta. O pai do rapaz, que é estudante de engenharia, disse que ele só notou que tinha sido baleado quando tentou correr após o tiroteio. Sem conhecer Wesley, Herbert quase foi pisoteado pelas pessoas que fugiam das balas. Ele teria sido salvo por um policial que estava de folga e curtia o bloco.
O subsecretário de Operações de Segurança da Secretaria de Segurança Pública, coronel Márcio Pereira, garante que a proteção aos foliões estará garantida.