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Secretaria de Saúde confirma três casos de sarampo no DF

As ocorrências estavam em investigação desde 9 de agosto, quando foram coletadas amostras de sangue dos pacientes

atualizado

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Iuliia Mikhalitskaia/iStock
Imagem colorida de criança com catapora - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de criança com catapora - Metrópoles - Foto: Iuliia Mikhalitskaia/iStock

A Secretaria de Saúde confirmou, nesta terça-feira (20/08/2019), três casos de sarampo no Distrito Federal. Segundo a pasta, apesar das ocorrências, não há motivo para a população entrar em pânico. A melhor forma de prevenir a doença é a vacinação, disponível na rede pública exclusivamente para quem ainda não foi vacinado com a tríplice viral.

Os casos estavam em investigação desde 9 de agosto, quando foram coletadas amostras de sangue dos pacientes. Antes mesmo da confirmação, a Secretaria de Saúde tomou as devidas precauções para evitar que a doença se espalhasse. Foi feita busca de contatos dos casos confirmados e as medidas pertinentes foram adotadas, como realização de vacina de bloqueio seletivo.

Na ocasião, foram aplicadas aproximadamente 1,6 mil doses na população. Além disso, as pessoas com suspeita da doença foram colocadas em isolamento durante o período de transmissibilidade.

As amostras processadas pelo Lacen-DF também foram enviadas para laboratório de referência (Fiocruz), seguindo recomendação do Ministério da Saúde, para confirmação por meio de exames mais específicos (reação de PCR e genotipagem). Os resultados podem demorar até 60 dias para ficarem prontos.

“É importante destacar que o DF não tem um caso autóctone, ou seja, de circulação viral aqui. Os dois primeiros tiveram contato com alguém que veio de São Paulo, manifestando os sintomas clínicos. O terceiro foi uma jovem que viajou para São Paulo e retornou também apresentando os sintomas”, informou a enfermeira Rosa Maria Mossri, da Vigilância das Doenças Imunopreveníveis de Transmissão Hídrica e Alimentar da pasta.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, ressaltou que a Secretaria de Saúde adotou ações para impedir a disseminação da doença. Entre elas, o alerta a viajantes, comunicados divulgados em hotéis e a inauguração de um posto de vacinação no aeroporto, para imunizar os trabalhadores. “A secretaria continuará atuando de maneira perene, rápida e eficiente, no monitoramento dos dados, caso tenham novos casos no DF”, pontuou o gestor.

Sarampo

O sarampo é uma doença viral aguda de alta transmissibilidade. É suspeito de ter a patologia todo indivíduo que apresenta febre alta acima de 38,5ºC e manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse, coriza e conjuntivite, independentemente da idade e da situação vacinal. Ao surgir qualquer um destes sintomas, é importante buscar atendimento médico.

A prevenção do sarampo é a imunização tríplice viral, disponível em todos os postos de vacina do Distrito Federal. Ela protege contra caxumba, sarampo e rubéola, e é aplicada aos 12 meses de vida. A tetra viral também protege (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e é aplicada aos 15 meses.

As pessoas com idade entre um ano e 29 anos, que não foram vacinadas anteriormente, ou que não têm como comprovar a imunização, recebem duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas. Quem tem entre 30 a 49 anos recebe apenas uma dose. Pessoas maiores de 50 anos não precisam se vacinar, pois o Ministério da Saúde parte do pressuposto que a pessoa já teve sarampo ou contato com o vírus, por isso, criaram anticorpos.

O diretor da Estratégia Saúde da Família, José Eudes Barroso, destacou que a melhor forma de prevenir a doença é a vacina, que tem 95% de resolutividade. “Caso a população tenha dificuldade de identificar em seu cartão de vacina se tomou, ou não, a orientação é procurar a unidade básica de saúde mais próxima e pegar mais informações. As salas de vacina estarão abertas durante todo o funcionamento das unidades”.

Prioridades

Devem ser vacinadas o quanto antes as pessoas que estejam em contato direto com possíveis transmissores do vírus, como profissionais de saúde, funcionários do setor hoteleiro e do turismo em geral, trabalhadores de empresas de transportes aéreos e terrestres, entre outros.

Aqueles que irão viajar para os estados com mais casos da doença devem tomar a vacina 15 dias antes. Todos os profissionais de saúde, independentemente da idade, devem receber as duas doses da tríplice viral. Se a pessoa tiver recebido as duas doses, ou uma dose da tríplice viral e uma da tetra viral, comprovadamente, no cartão de vacinação, não precisa tomar mais nenhuma dose.

Atualmente, há 19 mil doses da tríplice viral no estoque da Secretaria de Saúde do DF, fornecidas pelo Ministério da Saúde.

Cobertura

A cobertura vacinal da população do Distrito Federal contra o sarampo, de janeiro a junho de 2019, chegou a 84,4%, referente a tríplice viral, e 83% da tetra viral. No ano passado inteiro, a cobertura atingiu 86,6% e 83,3% respectivamente.

O ressurgimento do sarampo no Brasil, em especial em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia), fez a vigilância à doença aumentar no DF. Segundo a organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a patologia foi identificada em 14 países das Américas, entre 1º de janeiro e 27 de julho deste ano, sendo a maior proporção registrada nos Estados Unidos (1.172) e, em segundo, no Brasil (1.045).

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