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Privatização à vista: GDF venderá 51% das ações da CEB Distribuição

Medida foi anunciada por Ibaneis Rocha nesta segunda-feira como solução para o déficit na subsidiária da Companhia Energética de Brasília

atualizado

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Vinícius Santa Rosa / Metrópoles
CEB
1 de 1 CEB - Foto: Vinícius Santa Rosa / Metrópoles

O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, na noite desta segunda-feira (13/05/2019), que a CEB Distribuição, subsidiária da Companhia Energética de Brasília (CEB), será privatizada. A meta é vender 51% das ações da empresa. Dessa forma, o Governo do Distrito Federal (GDF) passaria a ser acionista minoritário.

“A CEB publicou o balanço do ano passado com um déficit de mais de R$ 1 bilhão. Temos um chamado da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] para que a CEB preste explicações, sob pena de caducar a sua concessão. Isso significa que, da noite para o dia, a CEB pode não valer nada, e a própria Aneel fazer uma licitação de venda”, afirmou Ibaneis.

Segundo o governador, o projeto de lei sobre o tema está quase pronto e será enviado à Câmara Legislativa nos próximos dias. “Precisamos vender ações principalmente dentro da Distribuição, que é totalmente deficitária, e tenho disposição para colocar até 51% das ações à venda. Assim, é possível garantir a permanência dos servidores e a manutenção da empresa como pública, mesmo com a gestão privada”, acrescentou o governador.

O anúncio de Ibaneis ocorre quatro dias após representantes do GDF falarem, em debate na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), sobre a intenção de privatizar, por meio de concessões, empresas públicas como a CEB e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Os secretários André Clemente, da Fazenda, e Everardo Gueiros, de Projetos Especiais, conversaram com trabalhadores e deputados durante comissão geral na CLDF. Na ocasião, contudo, os titulares das pastas não foram assertivos sobre a intenção do GDF em vender papéis dessas companhias, embora o assunto já viesse se desenhando dentro do governo.

Dívida
Em 3 de abril, quando a CEB apresentou balanço referente a 2018, o Metrópoles noticiou que a empresa teria que reinventar sua gestão para tentar recuperar uma dívida de R$ 1 bilhão da subsidiária CEB Distribuição. Embora o resultado da companhia em geral tenha sido positivo e alcançado o valor de R$ 89,9 milhões, em 2018, a distribuidora teve comportamento distinto e apresentou prejuízo de R$ 33,7 milhões no mesmo período.

Na época, o diretor-presidente da CEB, Edison Garcia, disse que o resultado negativo tem sido frequente e precisa ser estancado. A saúde financeira da distribuidora tem demandado da holding aportes frequentes, com necessidade de venda de terrenos e aquisição de empréstimos.

O déficit bilionário foi acumulado ao longo dos anos com negócios malsucedidos, dívidas e uma folha salarial pesada. Ainda assim, naquele mês Garcia disse que a privatização da empresa não era cogitada.

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