Ibaneis quer Exército como aliado na Educação e contra a dengue no DF
Governador esteve com comandante Militar do Planalto e quer anuência do ministro da Defesa para reforçar apoio em áreas sensíveis da capital
atualizado
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O Palácio do Buriti propôs a assinatura de um convênio para convencer militares da reserva do Exército a atuarem em duas frentes no Distrito Federal: no combate à dengue e em escolas públicas. O assunto foi tratado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) e o comandante do Comando Militar do Planalto (CMP), general Sérgio da Costa Negraes, segunda-feira (25/3), no Palácio do Buriti.
A ideia é que cada escola selecionada receba ao menos 20 oficiais da reserva, a depender do tamanho e do número de alunos da unidade. O GDF estuda uma espécie de gratificação especial para quem atender ao chamado emergencial. Não há, contudo, previsão do valor do benefício.
O único impasse inicial é que, por estarem na reserva, os oficiais recrutados do Exército não têm a posse de armas, o que os impediria de atuar na segurança preventiva. Contudo, de acordo com o CMP, houve interesse do governo local de aproveitar a experiência dos inativos em outras frentes, como a disciplinar e de civismo.
A estimativa é que entre 800 e 1 mil militares inativos sejam recrutados para prestação de serviços nas 40 escolas consideradas pela Secretaria de Educação como as “mais problemáticas”. Na semana passada, Ibaneis já havia solicitado reforço da Polícia Militar para aumentar o contingente nas unidades de ensino e intensificar as rondas das equipes da PMDF em torno dos colégios.
Segundo o governador, o encontro acelerou a intenção de buscar meios menos burocráticos para que o projeto de militarização das escolas possa ser ampliado. “Precisamos muito do apoio do Exército, e a visita do comandante nos encantou, principalmente pelas possibilidades de parceria em diversas áreas, em especial na expertise das escolas militares para o nosso projeto de educação compartilhada”, confirmou Ibaneis ao Metrópoles.
Os novos militares se juntarão aos PMs que passarão a atuar na gestão compartilhada, hoje presente em quatro escolas. “A Inteligência da Segurança está definindo para onde eles [oficiais da PM] vão e quanto tempo vão ficar em cada local”, disse o secretário de Educação, Rafael Parente, na época do anúncio feito pelo governador.
Combate à dengue
Outra frente a qual Ibaneis Rocha pretende contar com o apoio do Exército é no combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue. A doença tem acendido o sinal de alerta entre as autoridades locais pela explosão de registros de contaminação nas unidades de Saúde.
O governador não quis tratar de números, mas determinou que os secretários Anderson Torres, da Segurança Pública; e Osnei Okumoto, de Saúde, para que apresentem os números de oficiais necessários para a guerra contra o mosquito.
“Despachei com os secretários para que façam o levantamento e consigamos solicitar o apoio do governo federal, em especial no combate à dengue”, completou o emedebista. O chefe do Executivo local já solicitou audiência com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, para levar a pauta de reivindicações e o estudo a ser produzido pelas duas pastas do GDF.
O mais recente boletim epidemiológico da dengue, divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) na segunda (25), aponta 4.339 notificações da doença até 16 de março, com mais de 90% delas registradas como casos prováveis . No período, foram seis mortes em decorrência da enfermidade.
