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Policial civil do DF é denunciado por divulgar B.Os em troca de R$ 1,5 mil por mês

MPDFT denuncia agente por vazamento de ocorrências para esquema ilegal e caso tramita na 1ª Vara Criminal de Ceilândia

atualizado

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Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles
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1 de 1 Celular - Metrópoles - Foto: Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou um policial civil acusado de divulgar boletins de ocorrências em troca de dinheiro.

Segundo o Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), do MPDFT, o policial associou-se aos integrantes de duas empresas, com o objetivo passar informações que facilitariam o saque do seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

O agente é suspeito de enviar inúmeros B.Os relacionadas a acidentes de trânsito com vítima, em troca de remuneração. Os integrantes das empresas teriam oferecido pagamento de R$ 1.500 por mês ao policial.

De acordo com o MPDFT, o servidor acessou diversas vezes os sistemas, inclusive com senhas de acesso de outros três integrantes da Polícia Civil – sem o conhecimento deles –, sob a justificativa de que marcaria o plantão voluntário deles.

Dissimulação

Para dissimular o valor recebido, o homem utilizou a conta bancária de terceiros para o recebimento dos valores.

O MPDFT ofereceu denúncia contra o agente e mais cinco pessoas pela prática dos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro.

PCDF

A PCDF recebeu denúncia do caso em abril de 2021. Segundo o denunciante, um policial civil fornecia ocorrências policiais em troca do pagamento de R$1.500,00 por mês. Uma investigação foi deflagrada imediatamente.

Constatou então um alto número de acessos aos sistemas da PCDF pelo policial, bem como vínculo dele com os integrantes das empresas de seguro DPVAT localizadas no DF e no estado de Goiás.

Foram analisados 3 anos de logs de acesso do servidor público investigado e dos policiais que ele utilizava a senha.

A Divisão de Investigação Policial da Corregedoria-Geral de Polícia Civil representou pelos afastamentos dos sigilos telefônico, bancário e telemático dos envolvidos.

Operação

Com base em diligências e informações obtidas nas quebras de sigilo, em junho de 2022 foi desencadeada operação pela Corregedoria da PCDF e em Goiânia (GO).

Durante a operação foram apreendidos documentos, mídias ópticas, pendrives, HDs, celulares e computadores dos envolvidos.

Em janeiro de 2023, o policial e os demais envolvidos foram indiciados pela Corregedoria da PCDF pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro.

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