Polícia procura foragido acusado de matar a ex-mulher a facadas
Não só a menina de 12 anos, mas a caçula, de 3, presenciou o crime bárbaro em Samambaia. Acusado ainda é procurado pela polícia
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal ainda caça Ronaldo Andrade Almeida, 36 anos, acusado de assassinar a facadas a ex-companheira, a diarista Tatiane Leal Ribeiro, 38, em Samambaia, na madrugada de sábado (12/11). Depois de cometer o crime, o agressor fugiu em um Renault/Fluence preto e, até o momento, não foi localizado.
Em meio à dor e ao sentimento de justiça, familiares e amigos de Tatiane se despediram dela na manhã desta segunda-feira (14/11). O corpo foi velado em Januária, município de Minas Gerais e cidade natal da diarista. O enterro ocorreu às 11h.
Ao Metrópoles, a irmã da vítima, Leila Leal, 33 anos, contou que Ronaldo e Tatiane viveram juntos por mais de cinco anos e que o ex-companheiro da mulher tinha o costume de beber muito e ficar agressivo. A mulher chegou a denunciá-lo por violência doméstica.
“Este não foi um episódio isolado. Eles estavam separados há 10 meses e ele já tinha aparecido na casa da minha irmã outras vezes. O Ronaldo não se conformava com o fim do relacionamento e a Tatiane teve que pagar por isso com a vida”, lamentou Leila.
Ainda segundo ela, as duas filhas de Tatiane – de 12 e 3 anos – presenciaram o ato bárbaro cometido por Ronaldo. “As minhas duas sobrinhas viram tudo. Elas não param de chorar e estão muito assustadas”, garante.
A família da diarista desconfia que o agressor tenha fugido do DF. “Sabemos que ele tem parentes em Águas Lindas de Goiás e também no Maranhão. Estamos com medo de que ele volte e tente alguma coisa contra as meninas. Ele precisa pagar pelo que fez”, acrescentou Leila.
De acordo com informações da Polícia Civil, por volta das 2h de sábado, Ronaldo levou a caçula, fruto do relacionamento do casal, à força da residência de Tatiane, em Samambaia. Uma hora e meia depois, a diarista e a filha mais velha chegaram à casa dele pedindo que a caçula fosse devolvida.
Ronaldo foi até o portão e abriu a grade. Quando a ex-companheira entrou no quintal, ele sacou uma faca e a golpeou. A filha de 12 anos tentou impedir, mas viu a mãe morrer no local.
Em sua página no Facebook, a menina expressou sua dor: “Luto. Por que, senhor?”, indagou a garotinha.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social, de março de 2015 a outubro deste ano, foram registradas 15 ocorrências de feminicídio no Distrito Federal.