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Octogonal: moradores pedem que GDF negocie para evitar venda lote

Governo federal quer R$ 252 milhões pelo terreno de 64 mil m² no bairro. Associação exige preservação da área verde e criação de parque

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
área da octogonal
1 de 1 área da octogonal - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Associação dos Moradores da Octogonal, Cruzeiro e Sudoeste (Amagister) pede ao Governo do Distrito Federal (GDF) que interceda e negocie com a União para que o terreno de 64 mil m² – do tamanho de uma quadra inteira na Octogonal – não seja vendido à iniciativa privada, conforme pretende o Ministério da Economia. A gleba já é usada para fins de lazer pela população local e há parecer favorável do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para a criação de um parque na região.

Os habitantes da vizinhança do terreno fizeram um levantamento de mudas e árvores típicas do cerrado que estão plantadas no terreno. São 383 árvores, de 31 espécies nativas do Cerrado, algumas delas protegidas por lei.

Com o objetivo de manter a área verde, a vizinhança da Octogonal pediu ao GDF que oferecesse outro terreno em permuta para que o governo federal transferisse a propriedade da AOS-03 ao DF.

Representantes da Amagister chegaram a se reunir com o Secretário de Atendimento à Comunidade, Severino Cajazeiras, e pedir para que a demanda fosse levada ao conhecimento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Durante o encontro, a associação sugeriu a troca de terrenos para a implantação do parque urbano. Um abaixo assinado favorável à preservação do local conta com 6 mil assinaturas.

A entidade que representa os moradores chegou a enviar um requerimento à Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para a retirada da área da lista dos imóveis colocados à venda. A associação também prepara um documento a ser apresentado ao Ministério Público Federal, questionando a eventual construção de novos prédios, caso a área seja vendida. Entre os problemas apontados pelo aumento de edifícios no local estão o dano à natureza e a piora na mobilidade com incremento da população no bairro.

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Compensação ambiental

O presidente da Amagister, Renato Botaro, defende que o GDF se esforce para adquirir o terreno da União como forma de compensação ambiental pela liberação do uso do solo nas quadras 500 do Sudoeste. “Este terreno era do Banco Central, que o doou para a União. Ele foi colocado à venda sem levar em conta que nós entramos com processo questionando na Secretaria de Patrimônio da União, e ainda não tivemos resposta para esse processo”, conta Botaro.

Conforme o presidente, o terreno não poderia ter sido anunciado, uma vez que não é mais vendável, pois tornou-se de uso público. “Não custaria à presidência a doação desta área ao Distrito Federal. Sugerimos que a doação contenha uma cláusula de destinação exclusiva para a instalação do parque”.

Por meio de nota, a Secretaria de Atendimento à Comunidade informou que busca uma solução adequada que atenda a todos. A pasta destacou ter requisitado reunião entre o secretário e o chefe da SPU, mas ainda não há definição de data. O órgão do GDF ainda aguarda resposta do governo federal para discutir alternativas viáveis.

Questionado, o Ministério da Economia, ao qual a Secretaria do Patrimônio é vinculada, não se manifestou sobre a possibilidade de transformar a área da União em parque.

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