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Vídeo: pastor que prometeu “octilhão” de reais a fiéis chega ao DF

A operação foi feita pela Divisão de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Civil do DF (PCDF)

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Equipes do Decor e da Divisão de Proteção e Segurança Institucional— DPSI da PCDF acompanham a chegada ao Complexo da PCDF do principal investigado da Operação Falso Profeta, preso no Estado do Tocantins chega escoltado pela equipe da Divisão de Operações Aéreas (DOA), com desembarque no heliponto do prédio da Delegacia-Geral da Polícia Civil do DF.
1 de 1 Equipes do Decor e da Divisão de Proteção e Segurança Institucional— DPSI da PCDF acompanham a chegada ao Complexo da PCDF do principal investigado da Operação Falso Profeta, preso no Estado do Tocantins chega escoltado pela equipe da Divisão de Operações Aéreas (DOA), com desembarque no heliponto do prédio da Delegacia-Geral da Polícia Civil do DF. - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O pastor Osório José Lopes Júnior (foto em destaque), preso pela Polícia Civil de Tocantins por suspeita de liderar um grupo especializado em golpes por meio de redes sociais, foi recambiado ao Distrito Federal no início da tarde desta quarta-feira (4/10). Segundo as investigações, mais de 50 mil pessoas foram vítimas da quadrilha.

A operação foi feita pela Divisão de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Civil do DF (PCDF). O suspeito chagou ao complexo da PCDF às 13h.

Segundo a PCDF, as vítimas eram induzidas a investir montantes em dinheiro com a promessa de recebimento futuro de quantias milionárias.

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A investigação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil do DF (PCDF).

Pastor

O pastor Osório José Lopes Júnior responde a uma série de processos de estelionato. Carismático, com oratória afiada e abusando de passagens bíblicas para reforçar um discurso de fé, o pastor ganhou fama e dinheiro nos últimos anos.

De acordo com vítimas que viram suas economias descerem ralo abaixo após falsas promessas de rentabilidade, o líder religioso moraria em uma confortável casa em um dos condomínios fechados de Alphaville, em São Paulo.

Há pelo menos nove anos, o pastor viaja país afora e, com a ajuda de arregimentadores, capta novos investidores interessados em receber até 100 vezes o valor aportado assim que os títulos estiverem prontos para ser resgatados.

Em sua maioria, os compradores são fiéis de igrejas evangélicas, além de parentes e amigos próximos ao pastor. Em apenas um dos grupos criados no Telegram, há cerca de 8 mil “clientes”.

A coluna conversou com uma das vítimas que caiu no conto do religioso. Morador de um estado do Nordeste, o homem de 38 anos revelou que conheceu o negócio oferecido pelo religioso por meio de um amigo.

“Ele botou R$ 80 mil acreditando que receberia entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Eu investi pouco, cerca de R$ 1 mil. A transferência foi por Pix, direto para a conta do pastor”, disse.

Processos

Em março de 2022, a Justiça de Goiás negou pedido de prisão preventiva do pastor Osório José Lopes Júnior. Ele é réu por supostamente aplicar golpes milionários em fiéis de Goianésia, no centro de Goiás, e já foi denunciado por estelionato pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).

A decisão considerou que as acusações contra o religioso, que diz ser inocente, já são analisadas pelo Judiciário paulista.

Proferida em 28 de março de 2022, a decisão foi dada pela juíza Placidina Pires, da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, da comarca de Goiânia.

Uma semana antes, a Justiça de São Paulo determinou a indisponibilidade dos canais do YouTube de propriedade do pastor, que teria prometido R$ 2 quatrilhões a uma vítima.

“Embora o Ministério Público tenha trazido aos autos elementos indicativos de que Osório José Lopes Júnior teria voltado a praticar delitos semelhantes àqueles apurados na presente ação penal, percebo que os fatos agora noticiados teriam ocorrido em São Paulo e, consoante se infere, já estão sendo objeto de apuração em procedimento criminal específico que tramita no Poder Judiciário daquele estado (SP)”, disse a juíza na decisão.

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