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Quadrilha é presa após usar cartório para fraudar venda de lotes no DF

Funcionários do cartório faziam a escrituração e registro do imóvel, repartindo o lucro indevido entre todos os integrantes

atualizado

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Reprodução
Operação PCDF
1 de 1 Operação PCDF - Foto: Reprodução

Na manhã desta terça-feira (21/12), a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), deflagrou a Operação Non Domino. Os investigadores cumprem oito mandados de prisão temporária, oito de busca e apreensão e dois de sequestro de veículos. A ação tem como objetivo reprimir organização criminosa voltada para a prática de diversos crimes, entre eles estelionato, falsidade ideológica, falsidade documental pública e privada.

Ao todo foram presos oito pessoas. “Porém, há possibilidade de novas prisões serem decretadas pela Justiça em desfavor de outros envolvidos”, destacou o delegado-chefe da 1ª DP, Marcelo Portela, que coordena a investigação.

De acordo a polícia, o modus operandi da organização passa pela escolha do imóvel a ser oferecido (em especial, lotes ainda não edificados) e posteriormente pela falsificação dos documentos pessoais do proprietário, seguido pela falsificação de procurações públicas, concedendo poderes sobre o terreno em favor dos comparsas e laranjas, os quais se apresentam às vítimas como legítimos donos.

O bando realizava a escrituração e registro dos imóveis, o lucro era repartido entre os atores da fraude, incluindo funcionários do Cartório do 7º Ofício de Notas de Samambaia. “A compra e venda realiza-se sob uma conjuntura, aparentemente perfeita, legal e instrumentalmente hábil, para iludir qualquer pessoa, mediante documentos dotados de fé pública”, contou Portela.

Nas diligências realizadas, foram identificados diversos expedientes fraudulentos utilizados para ludibriar as vítimas. Os envolvidos contavam com a participação ativa de funcionários do cartório, que faziam a escrituração e registro do imóvel, repartindo o lucro indevido entre todos os integrantes.

“Os fatos são muito graves, sobretudo, diante do envolvimento de agentes cartorários incumbidos de resguardar a fé pública. E o pior, não se trata de um fato isolado, restando claro o envolvimento de escreventes e de tabeliães substitutos no Cartório do 7º Ofício de Notas de Samambaia”, finaliza o delegado.

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