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Mossoró: Comando Vermelho montou “central telefônica” para fugitivos

Para tentar despistar a Inteligência da Polícia Federal, facção forneceu ao menos oito celulares para fugitivos que foram recapturados

atualizado

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Presos mossoro - Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral
1 de 1 Presos mossoro - Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral - Foto: Divulgação

A rede criminosa montada pelo Comando Vermelho para dar suporte aos fugitivos de Mossoró forneceu chips e celulares a Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento (foto em destaque), numa tentativa de dificultar o rastreamento feito pela Inteligência da Polícia Federal.

Apesar da mini “central telefônica”, a polícia conseguiu identificar esses contatos e estabelecer o perímetro em que os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, poderiam estar. Mesmo enfrentando adversidades, como a  instabilidade das torres telefônicas na região do Agreste do RN, os policiais conseguiram encontrar a localização deles. No momento que foram abordados pelas polícias Federal e Rodoviária Federal (PRF), em Marabá (PA), a dupla portava oito celulares.

Ao fornecerem apoio logístico, escolta, armas e dinheiro aos fugitivos, os líderes do Comando Vernelho destacaram que “quem está com eles não será abandonado”.

Os dois presos foram recapturados nessa quinta-feira (4/4) a 1.600 km do presídio de onde fugiram em 14 de fevereiro. Rogério e Deibson escaparam após furarem um buraco na cela. Depois da fuga inédita, a polícia transferiu dezenas de presos da prisão de Mossoró, entre eles, Fernandinho Beira Mar, uma das principais lideranças do Comando Vermelho.

Conforme revelou a coluna Na Mira, a forte relação familiar entre Rogério Mendonça da Silva com a avó Tereza Padilha Silva, 86 anos, ajudou investigadores a identificar o perímetro onde os criminosos poderiam estar. Isso porque o foragido usava os celulares para entrar em contato com os parentes e saber sobre o estado de saúde da idosa.

Como foi a prisão

A localização dos dois fugitivos ocorreu na cidade de Marabá, após investigação da PF no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A ação foi realizada na BR-222, com o apoio da PRF.

A partir das ações de inteligência como estratégia de recaptura, as diligências da PF indicaram que a dupla havia conseguido chegar até a Região Metropolitana de Belém (PA) e tinha planos de deixar o país.

Nessa quinta (4/4), a PF verificou que um comboio com três veículos iniciou deslocamento pela estrada que vai de Belém a Marabá, levando os foragidos. Diante dos fatos, os policiais federais abordaram os carros utilizados pelos indivíduos na ponte sobre o Rio Tocantins.

Além de Rogério e Deibson, foram detidos mais quatro homens, suspeitos de integrarem a rede de apoio dos criminosos. A polícia também apreendeu um fuzil calibre 5,56 mm, os veículos e os celulares.

Os fugitivos foram conduzidos à delegacia de Polícia Federal em Marabá e transferidos, na madrugada desta sexta (5/4), para a Penitenciária Federal de Mossoró. Os demais acabaram encaminhados ao sistema prisional do Pará.

“[A unidade de Mossoró está] totalmente reformulada, no que diz respeito aos equipamentos de segurança. Eles ficarão separados e haverá vistorias diárias”, destacou, nessa quinta, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, durante coletiva de imprensa.

As investigações da Polícia Federal seguem para apurar as circunstâncias da fuga e identificar todos os envolvidos na rede de apoio.

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