Ibaneis sobre bloqueio de rodovias no DF: “Assunto de polícia”

O governador reeleito do DF Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que a solução para o bloqueio das rodovias no Distrito Federal é “assunto de polícia”. Ao Metrópoles, o chefe do Executivo local declarou que as tratativas e medidas em relação aos bloqueios estão nas mãos da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).

“Assunto de polícia. Está sendo tratado com firmeza pelo secretário de Segurança”, disse o governador. “Aqui [no DF], estamos conseguindo liberar todas as vias com tranquilidade”, completou.

Algumas estradas do país estão interditadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a derrota do atual presidente nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, nesta terça-feira (1°/11), o uso das polícias militares podem atuar na desobstrução das rodovias, inclusive as federais. Até o momento, três governadores que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno – Rodrigo Garcia (PSDB-SP), Claudio Castro (PL-RJ), e Romeu Zema (Novo-MG) – informaram que vão enviar equipes da Polícia Militar para liberar as rodovias do país, bloqueadas por manifestantes bolsonaristas.

O secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, informou que a pasta atua de forma integrada no monitoramento e retirada de possíveis obstruções de vias e rodovias no DF e, eventualmente, nas rodovias federais, em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Destacamos que, no momento, consta apenas bloqueio parcial da BR-251, nas proximidades do Café Sem Troco. A situação está sendo gerenciada pela PRF”, disse.

Como medida preventiva, a Praça dos Três Poderes segue com acesso restrito para veículos, com as vias N1 e S1 fechadas da Avenida José Sarney até a via L4. “Destacamos que toda área central é monitorada pela segurança pública, com apoio de câmeras, drones e serviço de inteligência. O local pode ser liberado após nova avaliação da equipe técnica”, completou o secretário.

BRs bloqueadas: STF forma maioria para confirmar decisão de Moraes

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Caminhoneiros e pessoas ligadas ao agro fecham a BR-251 no quilômetro 14 Vinícius Schmidt/Metrópoles

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São liberados somente serviços de saúde Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Motoristas que precisam transitar pelo trecho tentam argumentar com os manifestantes Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Vias bloqueadas e manifestantes se recusavam a sair Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Na madrugada desta terça (1º/11), o STF confirmou decisão que obriga ação da PRF para desobstruir vias Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes citou que a PRF foi “omissa” e “inerte” e determinou que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, adote todas as medidas necessárias para a desobstrução Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Caso a decisão seja descumprida, pode haver pena de R$ 100 mil de multa por hora Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Decisão ainda sugere que, caso não sejam cumpridas as determinações, há possibilidade de afastamento do diretor-geral das funções Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Dados divulgados pela PRF nas redes sociais apontam que o país tem 183 pontos de interdição e 88 bloqueios em rodovias de 22 estados e do Distrito Federal Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Combustíveis

Com o fechamento das estradas, a semana do brasiliense começou com alta dos combustíveis e possível racionamento de gasolina. Em alguns postos, o preço mudou nesta terça-feira (1º/11), o mais alto encontrado pela reportagem foi o litro a R$ 5,59.

Quanto à limitação de quota de combustível por dia, Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicombustíveis-DF), disse ser uma medida necessária já que a carga de etanol anidro, usado para compor a mistura da gasolina comum, não chegou aos postos da capital nessa segunda-feira (31/10), devido aos bloqueios nas pistas. O estoque de etanol anidro só tem capacidade para durar por 7 dias, enquanto que o da gasolina, apenas três.

Se não houver liberação das estradas até quinta-feira (3/11), a capital do país viverá, novamente, um cenário de desabastecimento, segundo o Sindicombustíveis-DF.