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“Ficarei preso por 10 anos e pronto”, disse homem que matou esposa asfixiada

Detido por feminicídio, criminoso acumula inúmeras passagens pela polícia por agressão, ameaça, violência doméstica e tráfico de drogas

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1 de 1 feminicídio-caub-riacho-fundo-junio-rayane-lima - Foto: Reprodução

Jobervan Júnio Lopes Lima, 21 anos, preso, na madrugada de quinta-feira (2/3) após confessar ter matado Rayane Lima, 18, asfixiada com uma coberta, disse que pagaria pelo que fez ficando “10 anos na prisão e pronto”. A frase foi dita em tom de “pouco caso”, demonstrando falta de preocupação em ser detido. O suspeito teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na manhã dessa sexta-feira (3/3), após audiência de custódia. O crime aconteceu no Caub 1, no Riacho Fundo II, no Distrito Federal.

Segundo os policiais que atenderam a ocorrência de feminicídio, Jobervan “permaneceu, a todo o momento, frio” ao detalhar como teria assassinado a companheira. Ele demonstrou indiferença quanto às consequências do crime que praticou. Conforme descreveram os militares, o suspeito “não resistiu à prisão” e “aparentava calma e tranquilidade”.

O Metrópoles apurou que Jobervan já foi indiciado por agressão, ameaça, violência doméstica e tráfico de drogas. Ele, inclusive, teria espancado a própria irmã no meio da rua, em 2021, por ela ter usado uma camiseta dele.

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O crime

No momento em que foi morta, Rayane estava em casa, com o filho de 1 ano, fruto da união com Jobervan. Os dois estavam separados desde novembro, segundo a Polícia Militar do DF (PMDF). Após uma agressão, a jovem o teria expulsado de casa, e ele ficou sem dar notícias desde então.

Na quinta-feira (2/3), porém, o agressor reapareceu, dormiu na casa da jovem, a agrediu durante a madrugada e a assassinou.

Por volta das 6h10, o criminoso fugiu com o filho, que ainda era amamentado pela mãe, e com o celular da vítima. A criança foi deixada na casa do avô paterno.

Vizinhos de Rayane ouviram portas baterem na casa da jovem durante a madrugada. “Aqui é bem silencioso. Então, a gente escuta quase tudo o que acontece na casa do outro. Acho que foi uma morte silenciosa”, comentou uma vizinha, que pediu para não ter a identidade divulgada, por medo.

O assassino foi encontrado por policiais da 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) na região do P Sul, em Ceilândia. Ele foi levado para a 29ª DP (Riacho Fundo) e autuado em flagrante por feminicídio. O corpo de Rayane foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML).

Câmeras de segurança de um estabelecimento comercial flagraram o momento em que Jobervan Júnio fugiu do local do crime, com o filho no colo.

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Na sentença que manteve a prisão do acusado, a juíza Lorena Alves Ocampos afirmou que a manutenção da detenção se faz necessária para o resguardo da ordem pública. “O modus operandi adotado na execução do delito retrata, in concreto, a periculosidade do autor do fato e a extrema gravidade dos fatos praticados”, disse a magistrada.

“Dessa forma, a concessão de liberdade provisória ou a aplicação de medidas cautelares não são recomendáveis diante da gravidade concreta do caso e do risco de reiteração delitiva”, finalizou.

A juíza mencionou, ainda, que as diversas passagens de Jobervan pela Vara da Infância e da Juventude, enquanto menor de idade, e maus antecedentes depois de atingir a maioridade “servem para justificar a manutenção da prisão preventiva, evidenciando a periculosidade” do suspeito.

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