Família e amigos prestam homenagem à jovem assassinada em Samambaia
O grupo fez uma caminhada pedindo o fim da violência e protestou pelas mulheres vítimas de agressão
atualizado
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Uma semana depois de a jovem Jane Carla Fernandes ser assassinada pelo ex-namorado, familiares e amigos dela fizeram uma passeata clamando por paz. Com cartazes, balões brancos e camisetas com o rosto da vítima, o grupo começou a manifestação por volta das 18h com a plantação de um Ipê amarelo e orações. Da Quadra 507 de Samambaia, eles andaram pela cidade, recebendo aplausos dos moradores.
Jane, que tinha 20 anos, foi morta com dois tiros, um na cabeça e um no tórax, dentro da própria casa. O assassino foi o ex-namorado, Jhonata Pereira Alves, 23, que se matou em seguida. Ele não aceitava o fim do relacionamento de seis anos. Os dois estavam separados há um mês. Durante esse tempo, Jane foi ameaçada pelo ex-namorado. Ela chegou a registrar uma ocorrência na Delegacia da Mulher. Segundo a família, Jhonata recebeu o documento com as medidas protetivas no dia em que matou a jovem.
Rafa5Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafa4Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
rafa12Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Homenagem à Jane, em Samambaia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Única irmã da vítima, Jane Fonda, 25 anos, afirma que o motivo da manifestação é pedir paz. Não só pelo assassinato brutal da irmã, mas pelo da estudante da UnB Louise Ribeiro e por todas as outras mulheres vítimas de violência.
A mulher é frágil, não dá para medir força com um homem. Queremos paz, sabedoria. Que as pessoas aprendam que não podem amar só a si
Jane Fonda, irmã da vítima
O objetivo da caminhada é chamar a atenção das autoridades também. “Minha irmã pediu as medidas protetivas. Para alguns, era só um papel, mas para ela foi a vida”, ressaltou.
Religiosa, Jane costumava ir à igreja todos os domingos. No fim deste ano, formaria em gestão pública. O próximo passo seria entrar em uma universidade para cursar direito. Começou admirar a profissão no escritório de advocacia em que trabalhava.
No dia em que foi assassinada, a jovem ganharia um presente de aniversario da irmã. Jane tatuaria na costela a frase “Se creres, verás a glória de Deus”. Ela estava em casa se arrumando para ir até o estúdio em Taguatinga. “Falei com minha maninha assim que ela saiu do banho. Ela disse que ia se vestir e me encontraria. Pouco depois, ele (o assassino) entrou na minha casa e matou a Jane, que ainda estava enrolada na toalha”, contou a irmã da vítima.
