Quadrilha roubava, matava e sequestrava vítimas em fazendas do Entorno
Operação da Polícia Civil de Goiás prendeu 19 suspeitos de fazer parte do bando nesta quinta-feira (22/3)
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás deflagrou uma megaoperação, nesta quinta-feira (22/3), para desarticular uma quadrilha especializada em crimes rurais praticados em fazendas espalhadas por cinco municípios goianos. A ação resultou na prisão de 19 suspeitos de integrarem o bando. Eles são acusados de crimes graves como latrocínios (roubos seguidos de morte) e sequestros. A operação ganhou o nome de Deméter, a deusa grega da agricultura e das estações do ano.
Durante as investigações, os policiais identificaram que a quadrilha agia como se fosse uma empresa , com hierarquia, funções definidas e fluxo de caixa, responsável pela movimentação dos produtos roubados. O grupo atuava com violência, tendo matado uma das vítimas durante um assalto. Em outra ocasião, o proprietário de uma fazenda foi sequestrado pela organização criminosa.
Estruturados e com grande poder de fogo, os criminosos haviam ampliado a zona de atuação e chegaram a atingir, simultaneamente as cidades de Ipameri, Cristalina, Luziânia, Campo Alegre e Domiciano Ribeiro. A operação Deméter está em sua segunda fase. Na primeira ação, ocorrida na última semana, outros 14 criminosos foram presos.
Sem contato
De acordo com o delegado regional Rodrigo Mendes de Araújo, a quadrilha desenvolveu alguns mecanismos para prejudicar a investigação e dificultar a coleta de provas. “Eles tinham uma série de condutas para manter em sigilo a identidade, o paradeiro e informações gerais sobre os próprios comparsas. A ideia é justamente dificultar que algum deles entregassem os outros caso fossem detidos”, explicou.
O delegado disse, ainda, que a quadrilha tinha grande facilidade para substituir os integrantes que fossem mortos ou preso, pela polícia. “Essa organização era muito eficiente para repor as peças que perdiam. Isso mostrava o nível de estruturação desse grupo criminoso que foi desarticulado após seis meses de investigação”, disse Rodrigo Mendes.