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Em rede social, namorada de professor morto desabafa: “Estou perdida”

Bruno Pires Oliveira foi assassinado por um aluno na sexta-feira (30/08/2019), dentro da escola onde lecionava, em Águas Lindas (GO)

atualizado

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1 de 1 crime-contra-o-professor - Foto: Reprodução / Facebook

“Não sei o que fazer agora. Estou perdida e sem direção.” Essas foram as palavras usadas por Gracielle Tavares para descrever o luto pela perda do namorado, o coordenador Bruno Pires Oliveira, 41 anos, assassinado por um aluno na escola em que lecionava, em Águas Lindas (GO), no Entorno do DF. O crime ocorreu na sexta-feira (30/08/2019).

O desabafo de Gracielle, que também é professora, foi feito em suas redes sociais, nesse domingo (01/09/2019). Na publicação, a docente agradece o carinho demonstrado pelos alunos e disse não saber se continuará a dar aulas no futuro. “Sinceramente, ainda não sei o que fazer agora. Estou perdida e sem direção. Mas saibam que qualquer decisão será comunicada a vocês”, disse aos estudantes.

“Hoje, a professora durona, a chata, megera, que dá broncas (para o bem de vocês), encontra-se fragilizada, diferente da professora que vocês conheceram”, escreveu.

Ainda na mensagem endereçada aos alunos, a professora pede que os estudantes “não deixem Bruno cair no esquecimento”. “Não será fácil este ano. Chegar na escola e não encontrar ele. [Bruno] Foi importante na Escola Municipal Machado de Assis, ele fez a diferença lá. Ele mudou minha vida”, desabafou Gracielle.

Veja a publicação: 

Gracielle, que namorava a vítima há cerca de um ano, já havia usado a sua conta nas redes sociais para se manifestar sobre o homicídio. Na oportunidade, mostrou-se abalada com a morte trágica de Bruno. “Gostaria de ter mais um minuto com você para sentir seu abraço e poder beijar seu rosto nem que fosse pela última vez. Faria tudo, meu bem, para escutar sua voz novamente e sentir uma vez mais felicidade no meu coração”, assinalou no Facebook.

Crime premeditado

Antes de assassinar o professor, o estudante Anderson da Silva Leite Monteiro, 18, teria trocado de facas duas vezes. A revelação derruba a principal linha de defesa do suspeito até o momento: a de que queria dar apenas um susto no docente.

Segundo a Polícia Civil de Goiás, no dia do crime, o rapaz pegou uma arma branca e seguiu para o Colégio Estadual Machado de Assis (Cema). Um colega viu a situação e desarmou Anderson.

Irritado, o estudante foi à casa de outro amigo e pediu uma faca emprestada com o argumento de que precisava fazer um trabalho na roça. Com esse instrumento, desferiu um único golpe no abdômen de Bruno. De acordo com o delegado Cléber Junio, da regional de Águas Lindas e titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), tais narrativas indicam premeditação.

O titular do inquérito ainda explicou que, a princípio, o homem que emprestou a faca a Anderson não será indiciado. “Entrará como partícipe do homicídio apenas se ficar evidenciado que sabia da intenção do autor do delito, mas, até o momento, não há qualquer indício de que ele tinha conhecimento e, portanto, não vai ser indiciado por nada”, explicou Cléber Junior.

A morte de Bruno Pires causou comoção e perplexidade no município goiano situado a 50 quilômetros de Brasília. Em luto, a Secretaria de Educação de Águas Lindas suspendeu as aulas por cinco dias na Rede Estadual de Ensino, formada por 19 escolas onde estão matriculados cerca de 17 mil estudantes.

Pela execução, Anderson será indiciado por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.

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