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“Ela (mãe) nunca nos disse que queria Thaissa”, diz irmã adotiva

Thayanne Borges afirma que Rafaela Victor, mãe biológica de Thaissa, telefonava para saber notícias da filha e sabia onde família morava

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Caso-Thaissa-irmas
1 de 1 Caso-Thaissa-irmas - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A afirmação de que a mãe biológica de Thaissa Ayane Borges Tavares, 8 anos, registrou um boletim de ocorrência sobre a subtração de incapaz referente à garota, em 2015, na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), foi rebatida pela família adotiva. Segundo Thayanne Borges, irmã adotiva, eles moraram em Samambaia por 23 anos e tinham vizinhos que podem ser chamados como testemunhas.

A informação do BO feito por Rafaela Victor Santana, 28, mãe biológica de Thaissa, foi dada ao Metrópoles pelo advogado dela, Thiago Caixeta, nesta quarta-feira (30/10/2019). Na terça (29/10/2019), a mulher teria retirado a filha de Zilmar Borges Custódio, que teve a guarda provisória da criança deferida no último dia 21 de outubro. Segundo a PCDF, Rafaela informou que vai se apresentar nesta quinta-feira (31/10/2019).

“Quando ela se mudou, perdemos o contato. Entretanto, em nenhum momento, Rafaela nos disse que queria a criança”, afirmou Thayanne (na foto principal, ao lado da irmã Thais). “Só queria saber como ela estava. Em cinco anos, não houve contato, mas todos os parentes tinham o contato para ela procurar”, ressalta.

Thayanne lembra que Rafaela chegou a ligar no início deste ano. Porém, novamente só perguntou se Thaissa estava bem e não pediu para vê-la. “Ela não foi buscar a ‘filha’, senão teria batido na nossa porta. Ela fez isso (subtração da menor) porque tirou a criança bruscamente dos meus braços”, destaca a irmã adotiva.

A jovem conta que a família se mudou de Samambaia pois a residência era pequena. “Fomos para o Valparaíso porque era maior e mais confortável. Depois, pela dificuldade de locomoção, viemos para o Gama, onde moramos há 3 anos”, pontua Thayanne.

Adoção

Cuidando da criança há 8 anos, a família foi questionada sobre o porquê de não ter formalizado a adoção antes. Thayanne lembra do estado de saúde da irmã e explica: “A gente tinha receio de pegarem a menina e jogarem em um abrigo. Por isso, não fomos antes, por causa da saúde dela mesmo”.

Por fim, Thayanne se mostra indignada com a suposta atitude de Rafaela. “Se ela quer pegar, vamos resolver legalmente, não do jeito que ela fez”, comentou.

Na quarta-feira (30/10/2019), o advogado de Rafaela, Thiago Caixeta, disse ao Metrópoles que a família adotiva da menina frequentemente mudava de endereço para “fugir” da mãe biológica.

“A família de Zilmar pegou a criança para si e mudou de residência. Elas moravam em Samambaia. Depois, parece que foram para o Recanto das Emas, Valparaíso e, agora, estão no Gama. A Rafaela se aproximava e elas fugiam. Ela estava desde então procurando”, relatou o advogado.

Veja BO com registro de subtração de 2015:

Reprodução

A história

No início da tarde de terça (29/10/2019), no Gama, Thaissa Ayanne Silva Santana seguia para a escola com a irmã mais velha quando, na altura da Quadra 19 da região administrativa, dois homens e uma mulher desceram de um carro e teriam levado a estudante à força.

A pessoa que denunciou o caso aos agentes da 14ª DP reconheceu a mãe biológica da criança, Rafaela Victor Santana, como uma das autoras do suposto crime. Ela teria entregado a filha para a adoção logo após o parto.

A família adotiva conta que conheceu Rafaela quando morava em Samambaia. “Ela era nossa vizinha na época e trabalhava como costureira. Começamos a levar algumas roupas para consertar lá. Quando ela engravidou, contou que não queria a criança, que era uma gravidez indesejada. Ela chegou para a minha mãe e perguntou: ‘A senhora quer?’”, relatou Thayanne, uma das filhas de Zilmar.

A criança nasceu com problemas de saúde, com sopro no coração, e chegou a ficar internada por 17 dias. Além disso, foi diagnosticada com lesão nos rins e intestino perfurado. Após a garotinha passar por cirurgias e anos de recuperação, a família oficializou a adoção de Thaissa e já tem a guarda provisória.

“Quando sentamos para conversar sobre a adoção com a genitora, deixamos claro: não há devolução. Ela concordou e disse que não queria nada com a menina, que nunca iria pegá-la e sabia que estava sendo bem cuidada”, salienta Thayanne. A irmã da vítima comentou que a suspeita chegou a ligar algumas vezes para saber como estava a criança, mas quando se mudou de Samambaia, nunca mais entrou em contato. Na época, Thaissa tinha menos de 2 anos.

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