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DF: golpista enganou pelo menos 100 pessoas com promessa de emprego

Maria Coelho da Silva Neta pedia dinheiro adiantado e garantia um trabalho de vigilante para os desempregados. PCDF investiga a denúncia

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles
12ª-DP
1 de 1 12ª-DP - Foto: Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

Emprego fácil. Foi com essa promessa que mais de 100 pessoas foram enganadas por uma golpista. Somente nesta terça-feira (02/07/2019), 15 desempregados procuraram a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) para denunciar uma mulher que cobrava até R$ 2 mil para assegurar uma vaga de vigilante.

De acordo com relatos das vítimas, Maria Coelho da Silva Neta abordava as pessoas de forma a não deixar os interessados terem tempo para pensar na proposta. Para convencê-los, dizia que quanto mais rapidamente a quantia combinada fosse transferida, maiores as chances de a oportunidade se concretizar de maneira breve. Toda a farsa se passava num escritório de fachada chamado de Grupo Shalom Service & Quality, no Riacho Fundo.

Uma das vítimas foi Glória Pereira, 48 anos. Sem trabalhar desde 2017, ela recebeu uma oferta que parecia perfeita. “Fui até o escritório informado e me garantiram a vaga. Como tinham crachá e eu estava desesperada, acreditei”, conta.

O pedido inicial foi de R$ 2 mil por um posto de segurança particular. Morando de favor, Glória alegou que só tinha R$ 1 mil e não conseguiria o restante. “Esse dinheiro adiantado seria para pagar cursos de aperfeiçoamento. Eu deveria quitar a outra parte quando assumisse o emprego”, explica.

Outro enganado foi o taxista Domingos de Alencar, 39. “Tive um encontro com a dona do negócio, Maria Coelho, e a secretária dela. O interesse seria político. Estariam arranjando esse emprego para a gente em troca de apoio depois”, relata. Ele chegou a transferir R$ 1 mil.

Ouça o áudio em que Maria Coelho garante a Domingos que ele terá o emprego:

Ubirajara Assis, 41, também caiu no golpe. Procurando um segundo emprego, ele viu a promessa de uma vaga na segurança particular como forma de incrementar a renda. “Era só pagar R$ 1,5 mil com antecedência para custear o aperfeiçoamento e teria a vaga separada para mim. Era perfeito.”

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Após o pagamento, no entanto, ele começou a desconfiar de algumas atitudes da golpista. “Primeiro, a Maria Coelho sempre preferia que o dinheiro fosse entregue em mãos. Depois que passou o prazo estabelecido, questionei a demora. Logo ela me bloqueou em tudo”, relembra.

Especializada assumirá o caso

Apesar de as ocorrências terem sido registradas na 12ª DP, a investigação do suposto golpe será transferida para a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), unidade especializada nesse tipo de crime.

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