Conplan autoriza Planalto a triplicar tamanho de guarita
Para aumentar segurança e prevenir invasões, também serão instalados detectores de metal e raios-X
atualizado
Compartilhar notícia
O Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) autorizou o governo Federal a prosseguir na reforma e ampliação da guarita do Palácio do Planalto, que também controla o acesso ao estacionamento na lateral do prédio. O projeto foi aprovado por unanimidade dos 25 membros do conselho.
Por se tratar de área tombada, a exigência da aprovação pelo Conplan — órgão abrigado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) — é etapa obrigatória antes da passagem pela Central de Aprovação de Projetos (CAP) da pasta, que agora vai avaliar tecnicamente o a proposta antes de conceder o alvará. Não há previsão para início das obras.
O tamanho do edifício será triplicado, passando de menos de 20 m³ para mais de 60 m³. A cobertura também será ampliada, atingindo 212 m³. Segundo o argumento, a guarita atual é considerada pequena e recebe muita exposição ao sol, o que a torna desconfortável, avalia arquiteta e urbanista Fernanda Rayol, que apresentou o projeto em nome da Presidência da República.
A expansão deve permitir a criação de banheiro e copa para os agentes de segurança, além da instalação de duas máquinas de raio-X e de detetores de metal. O aspecto securitário é o mais importante: o pedido veio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
O Palácio do Planalto foi alvo de uma tentativa de invasão em agosto de 2018. Em 2016, cerca de 200 índios tentaram forçar a entrada justamente passando pela guarita do estacionamento, antes de se instalar por horas no térreo do prédio, do lado de fora.
Ainda em 2017, uma licitação foi lançada para contratar empresa especializada por cerca de R$ 2 milhões. A tarefa era rever os sistemas de proteção das instalações presidenciais, como ampliação do controle de acesso de pessoas e de veículos, videomonitoramento, segurança da informação e comunicações, e preservação dos bens artísticos e históricos.
Não só o Planalto
A reformulação da proteção aos prédios que abrigam o chefe do Executivo federal não se limita aos escritórios. Os palácios residenciais, Alvorada para o presidente, Jaburu para o vice, também vão passar por adequação.
Em 2017, foi o Alvorada, então vazio de morador, já que Michel Temer preferiu ficar no Jaburu, que tinha sido invadido. Dois anos antes, um soldado foi encontrado morto a tiros a 300 metros da residência oficial da Vice-Presidência da República.
Os projetos para as duas residências já foram apresentados ao Coplan e aprovados no fim do mês de setembro. As duas novas guaritas são maiores que as atuais, com arquitetura parecida.
