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Com alta da carne e batata, ceia do brasiliense fica 12% mais cara

Segundo a Codeplan, aumento é em relação aos valores de 2019, levando em consideração inflação registrada pelo IBGE para novembro deste ano

atualizado

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Unplash/Reprodução
Mesa de natal
1 de 1 Mesa de natal - Foto: Unplash/Reprodução

A ceia natalina dos brasilienses ficou com sabor mais salgado em 2020. De acordo com estudo realizado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o preço dos alimentos subiu, em média, 12,3% no ano. A taxa reflete o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses – de dezembro de 2019 a novembro deste ano –, com base nos cálculos de inflação divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os grandes vilões para esse aumento, segundo a pesquisa, são a carne vermelha e a batata-inglesa. No último mês, os cortes bovinos tiveram variação positiva de 8,48%, devido ao encarecimento da soja e do milho, que elevam os custos da ração animal e, consequentemente, da manutenção dos rebanhos.

O preço do quilo do tubérculo teve alta de 42,67%. Para Renato Coitinho, pesquisador da Gerência de Contas e Estudos Setoriais da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, essa alta acontece de maneira natural. “Com maior incidência de chuvas no fim do ano, a oferta de batata cai, e isso, naturalmente, eleva os preços”, afirma.

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Esses valores não são surpresa para o brasiliense, garante Coitinho. “Infelizmente, o consumidor do DF sente a alta nos alimentos há algum tempo. Desde março, tivemos repetidas altas no grupo de alimentos e bebidas, com exceção de julho, quando teve uma pequena retração”, detalha. O pesquisador indica que o preço dos alimentos, de janeiro a novembro de 2020, subiu, em média, 9%.

Adiar a ceia pode não ser a melhor opção, uma vez que o aumento deve continuar. “O dólar segue com cotação bastante elevada, o que deve favorecer exportações e manter um preço mais elevado dos bens no mercado doméstico”, destaca o especialista. Além da menor atratividade do mercado interno, há maior demanda, uma vez que “continuamos numa situação bastante anormal, de isolamento social, diferentemente de todos os outros anos”, analisa Coitinho. “Isso leva muito mais pessoas a consumirem bens em casa, comprarem em supermercados, e essa demanda eleva o preço da alimentação em domicílio”, avalia.

Apesar do encarecimento nos grupos de alimentos e transporte, a variação geral do IPCA para a capital federal no último mês é a menor entre as 16 cidades pesquisadas. Com aumento de 0,35%, Brasília ficou bem abaixo de Goiânia, que teve a maior elevação das regiões analisadas, com 1,41%, enquanto a média nacional fechou em 0,89%. Para o acumulado no ano, o DF apresenta flutuação positiva de 2,26%, novamente o índice mais baixo na pesquisa.

O boletim da Codeplan traz, ainda, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com rendimentos entre um e cinco salários mínimos. Para essa fração da população, os alimentos registraram alta de 11,3% no ano e, em comparação às demais capitais, o DF ficou com a quarta menor variação mensal (+0,51%) e a menor anual (+2,98%).

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