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Colapso: Hran decreta bandeira vermelha e só atenderá pacientes graves

Devido à superlotação no hospital, o atendimento na unidade está agora limitado a pacientes com casos graves e com risco de morte

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Hran superlotação
1 de 1 Hran superlotação - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento do novo coronavírus no Distrito Federal, decretou bandeira vermelha devido à superlotação, nesta quarta-feira (10/3). Dessa forma, o atendimento na unidade está agora limitado a pacientes com casos graves e com risco de morte.

Segundo a direção do Hran, neste momento, todos os pacientes que estão no local são atendidos. Porém, devido ao aumento acentuado de casos da Covid-19 nos últimos dias, o hospital “está operando além de sua capacidade”.

“O atendimento na unidade está restrito e foi necessária a decretação de bandeira vermelha na unidade devido à superlotação. A direção esclarece que a bandeira vermelha, que limita o atendimento a casos graves, com risco de morte, é decretada em virtude da alta demanda de pacientes. Isso ocorre sempre que a insuficiência de estrutura física impede o acolhimento de novos pacientes”, informou, em nota.

Questionada pelo Metrópoles se pacientes não diagnosticados com Covid-19 continuarão sendo atendidos na unidade, a Secretaria de Saúde não respondeu até a última atualização desta matéria. Assim que a pasta se manifestar, a reportagem será atualizada.

Superlotação

Nesta semana, imagens feitas por familiares de doentes e profissionais do Hospital Regional da Asa Norte denunciaram a situação de calamidade no local. Em uma das gravações, a esposa de um paciente mostra detalhadamente a situação no interior do local. “Meu marido está internado aqui no Hran desde o dia 26/2, está precisando de uma UTI com urgência, porque foram afetados os rins dele. O pulmão afetado em mais de 50%”, revela.

“Falta tudo no hospital, tudo precário. Tudo sucateado. Falta até luva para o pessoal trabalhar, máscara”, completa.

Assista:

Além disso, a antiga sala de espera da emergência foi transformada em espaço para atendimento de pacientes.

Veja vídeo: 

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Oxigênio

Em nota, a Secretaria de Saúde ressaltou que não há possibilidade de faltar oxigênio no DF neste momento, reforçando que “todas as notícias sobre falta de oxigênio nas unidades de saúde do Distrito Federal são improcedentes”.

“O consumo de oxigênio dentro das unidades hospitalares é monitorado permanentemente. A Secretaria esclarece que não estoca oxigênio, sendo o abastecimento feito diretamente pela empresa contratada para o serviço. O oxigênio líquido é fornecido para os hospitais e canalizado até o leito de UTI ou de enfermaria, não havendo, portanto, possibilidade de haver falta. O que ocorre é que a demanda de pacientes é muito alta para os pontos fixos de oxigênio nas unidades; por isso, é necessária a utilização de tubos de oxigênio portáteis para suportar a demanda nesse momento”, destacou a pasta.

Ocupação dos leitos de UTI

Mesmo com a ampliação de leitos, a taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltadas para pacientes com Covid-19 na rede pública do Distrito Federal segue acima de 90%. De acordo com o sistema InfoSaúde, do GDF, atualizado às 12h10, a ocupação atual é de 95,77%.

Atualmente, há 272 leitos para Covid-19 ocupados e 12 vagos na rede pública. No entanto, dos leitos disponíveis, quatro são neonatais, cinco pediátricos e apenas três adultos. Outros 12 estão bloqueados ou aguardando liberação.

Os únicos leitos adultos de UTI Covid livres neste momento estão no Hospital de Campanha da PM. Não há vagas em outras unidades.

Além disso, até as 14h30 desta quarta, a lista de espera por UTI na rede pública tinha 139 pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus.

Já a rede privada de saúde está com taxa de ocupação de 96,18%. Os dados foram atualizados às 11h10. São 278 leitos de UTI Covid ocupados, 12 disponíveis – destes, apenas um é pediátrico – e dois bloqueados.

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