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Amigo diz que PM agrediu jovem em bar por engano: “Não é covarde”

PM teria agredido a vítima após tomar um soco no olho que o fez confundir a jovem por estar vestida com a mesa cor de camisa do agressor

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
imagem de câmera de segurança mostra confusão
1 de 1 imagem de câmera de segurança mostra confusão - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Um policial, amigo do segundo-sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) David Ricardo Lima Nunes, 41 anos, — filmado agredindo uma jovem de 27, em um bar de Samambaia Sul — saiu em defesa do militar. Segundo ele, o PM teria agredido a jovem por engano.

De acordo com o policial, o amigo tinha intenção de separar a briga, mas ao chegar próximo teria recebido uma cuspida e socos, o que o fez perder os sentidos parcialmente.

“Ele foi agredido por um baixinho de costas. Quando ele tomou esse soco, ficou tonto e abaixou a cabeça. Nesse momento, ele viu uma pessoa de camisa amarela e achou que fosse a pessoa que tivesse dado o soco nele. Ele segurou na pessoa e achou estar segurando na blusa amarela da pessoa, mas era no cabelo da menina, que estava com a mesma cor da blusa do rapaz”, alega.

Veja o momento da agressão:

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Homem que desferiu socos em jovem de 27 anos é policial militar
Policial militar puxou cabelo de jovem de 27 anos
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Karolayne Santana foi agredida na sexta-feira (23)

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Homem que desferiu socos em jovem de 27 anos é policial militar

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Policial militar puxou cabelo de jovem de 27 anos

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Com a visão supostamente prejudicada, e ao ouvir os gritos de que a pessoa em suas mãos seria uma mulher, o policial teria prontamente soltado a jovem. “Quando alguém falou é uma mulher, ele soltou. Ele não queria bater em mulher, ele não é covarde”, completa. “Como ele tomou o soco no olho, ele não viu quem era”.

O caso

A 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) investiga a sessão de espancamento como lesão corporal. Agora, a corporação aguarda os laudos periciais para concluir o procedimento e encaminhar as informações ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

Karolayne Santana estava no local para comemorar um aniversário, mas a festa virou pesadelo. Pelas redes sociais, ela descreveu a situação como uma “cena de terror”.

O caso ocorreu na noite de sexta-feira (23/9), no bar Villa Butiquim. Após ser importunada sexualmente, a vítima levou socos e teve o cabelo puxado pelo agressor.

Marido de Karolayne, o empresário Hugo Kaczan, 27, relatou que o estava no bar com a companheira para assistir ao jogo do Brasil e comemorar o aniversário dele.

Quando o casal estava prestes a sair do bar, um homem de camiseta cinza, que estava em outra mesa, começou a importunar Karolayne. Hugo mostrou o dedo do meio para o homem, que partiu para cima do empresário.

Colega do agressor, David Ricardo deu um soco no rosto de Hugo. Karolayne tentou separar a briga, mas foi puxada pelos cabelos e jogada com violência no chão pelo PM. Enquanto tentava apartar os envolvidos, a equipe do bar informou ao casal que o grupo de agressores era formado por policiais.

“[Um] policial em serviço me assediou e me agrediu. Saí para comemorar um aniversário e [a noite] se resumiu em uma cena de terror”, escreveu Karolayne.

Fora do bar e com ajuda de agentes do Departamento de Trânsito (Detran), o casal chamou a PMDF, que levou Karolayne, Hugo e David Ricardo para a delegacia.

Assista ao momento da briga:

Leia a íntegra da nota divulgada pela PMDF sobre o caso:

“A Polícia Militar trabalha diuturnamente, patrulhando as ruas e servindo a sociedade. A PMDF foi acionada para ocorrência e, em pronto-atendimento, conduziu todos os envolvidos para a delegacia da área para apuração dos fatos. Vale salientar que as forças de segurança do DF trabalham de forma integrada e buscam sempre a resolução dos problemas de segurança, além da total elucidação dos fatos.”

Leia a íntegra da nota do bar Villa Butiquim sobre o ocorrido:

“O Grupo Villa Butiquim vem a público informar que REPUDIA todo ato de violência e agressão, em especial o ato de violência contra mulher ocorrido em 23/09/22, em sua unidade localizada em Samambaia/DF. O caso é investigado pela polícia. A violência contra mulher, em todas as suas formas, é inaceitável e deve ser reprimida. O Grupo Villa Butiquim informa que prestou e prestará todos os esclarecimentos às autoridades competentes e responsáveis pela apuração do caso.”

*Nome fictício a pedido do entrevistado

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