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PP privilegia reduto de ministro em distribuição de verba eleitoral

O piauiense Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil da Presidência da República, é quem comanda o partido na prática

atualizado

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Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Progressistas, partido que na prática é comandado por Ciro Nogueira, privilegiou políticos conterrâneos do ministro da Casa Civil com repasses do fundo partidário e doações recebidas para a campanha eleitoral.

Até agora, já foram transferidos R$ 2,4 milhões para a conta do diretório no Piauí, estado pelo qual Ciro se elegeu senador em 2018 e onde ele tenta ampliar as bancadas da sigla na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, além de eleger para o governo local a chapa que tem sua ex-mulher como candidata a vice.

O valor destinado ao diretório piauiense é mais do que o dobro do que foi repassado, por exemplo, para o Rio Grande do Sul — R$ 1,1 milhão –, onde o partido tem candidatura própria a governador e três vezes mais candidatos a deputado do que na terra de Ciro Nogueira.

A quantia enviada ao Piauí equivale à soma do que o comando nacional da legenda destinou a dez outros diretórios estaduais no primeiro semestre deste ano. A maior parte do dinheiro saiu de uma conta que recebe doações de pessoas físicas.

Ciro se licenciou do comando do Progressistas — conhecido também como PP, sigla que projetou o partido — em julho de 2021, quando assumiu a Casa Civil a convite de Jair Bolsonaro. Sua nomeação foi um marco da aliança do presidente com o Centrão, que passou desde então a ocupar postos relevantes da máquina federal, com alguns dos orçamentos mais generosos de Brasília.

No papel, o presidente nacional da sigla é o deputado federal Cláudio Cajado, da Bahia. Na prática, porém, quem dá as ordens é Ciro. No Piauí, oficialmente, o PP é comandado há quase dez anos por um aliado do ministro.

Parte da verba recebida pelo diretório piauiense já foi gasta. Entre as despesas pagas com o dinheiro há pesquisas de opinião, aluguel de carros e a contratação de um escritório de advocacia e de uma agência de publicidade.

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