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O IBGE do PT e o Brasil como centro imaginário de um mundo inexistente

O mapa-múndi do IBGE que coloca o Brasil no centro do mapa-múndi é uma asneira. Ser centro do mundo é ter bons índices de desenvolvimento

atualizado

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Reprodução/IBGE
Mapa-múndi do IBGE, com o Brasil ao centro -- Metrópoles
1 de 1 Mapa-múndi do IBGE, com o Brasil ao centro -- Metrópoles - Foto: Reprodução/IBGE

O IBGE de Márcio Pochmann, doravante chamado IBGE petista, aproveitou que o país organiza as reuniões do G20 para  colocar o Brasil no centro do mapa-múndi, abolindo o didatismo da convenção internacional que tem no meridiano de Greenwich o divisor das duas metades longitudinais do planisfério.

O mapa-múndi convencional tem a vantagem de mostrar os continentes na sua integralidade, à exceção da pontinha da Ásia que quase encosta nas Ilhas Aleutas da América do Norte. A pontinha aparece do lado ocidental do planisfério, apartada do colosso asiático.

No mapa-múndi do IBGE petista, com o Brasil ao centro, uma boa parte da Sibéria, uma parte da China, as Coreias, o Japão e praticamente toda a Oceania estão no que seria o lado ocidental. 

Para que serve a novidade, além de ocupar espaço na imprensa, como este aqui? Para nada de verdadeiramente útil, que é a especialidade do governo Lula. Ou melhor, como será entregue às escolas na qualidade de 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar, serve para confundir os estudantes brasileiros, coitados, que já lutam bravamente para fazer contas banais e escrever frases com sujeito, verbo e predicado, necessariamente nessa ordem.

No evento de lançamento do mapa-múndi petista, no Rio de Janeiro, um certo Paulo Protasio, diretor de uma certa Autoridade do Desenvolvimento Sustentável de um certo Estado do Rio de Janeiro, esclareceu (ou obscureceu):

“Nós nos acostumamos a sermos eurocentristas e ser eurocentrista não é ser brasileiro. Marcamos, com esta nova versão do mapa, uma nova postura e uma nova ideia. O brasileiro que chegar na sala de aula hoje irá se dizer que está no centro do planeta Terra e esta percepção é de grande valor e mudará comportamentos. O Brasil chegou ao centro do mundo.”

É um amontoado de asneiras, mas elas expressam o pensamento entre mágico infantil, claudicante e desonesto do PT e do restante da esquerda brasileira.

Essa manada de inteligências deveria estar preocupada em colocar o Brasil no centro do mundo com a conquista de índices de desenvolvimento humano e econômico que nos igualassem às nações mais avançadas do planeta.

Como essa preocupação não existe, até porque as inteligências são de manada, os Einsteins petistas lançam uma salada com os hemisférios para enganar o indistinto público com essa bobagem de “eurocentrismo”.  Qual será o próximo passo? Imagino que seja substituir o sistema métrico-decimal eurocentrista por outro nativo.

É a ideologia do vácuo absoluto demonstrando que se pode emburrecer ainda mais o Brasil, o centro imaginário de um mundo que não existe.  

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