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Presidente do PSol-DF, Marivaldo Pereira defende unidade da esquerda

O advogado venceu o deputado distrital Fábio Felix na disputa pelo comando do diretório regional do partido no Distrito Federal

atualizado

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1 de 1 marivaldo - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Eleito para ocupar a presidência do Psol no Distrito Federal, o advogado Marivaldo Pereira defendeu a convergência entre partidos de esquerda para derrotar o bolsonarismo. Em entrevista transmitida ao vivo pelo Twitter do Metrópoles, Pereira afirmou que o Brasil vive o momento mais delicado desde a redemocratização argumentou que é papel “fundamental” do espectro político combater o que ele considerou como retrocessos da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) à frente do Palácio do Planalto.

“Desde a promulgação da Constituição de 1988 que a gente não vivia nada parecido com o que a gente vive hoje, onde a democracia é ameaçada dia sim e outro também. E não há qualquer sinal, qualquer indicativo, de que o atual presidente da República vá recuar. Diante de um cenário como esse, é fundamental buscarmos a unidade da esquerda em torno de um programa que tenha como pressuposto básico a defesa da democracia e, principalmente, o combate ao avanço da pobreza, o combate à fome”, declarou.

O presidente distrital do partido também ressaltou que os efeitos do governo Bolsonaro se fazem sentir na parte mais vulnerável da sociedade. “O resultado disso tudo que a gente está vivenciando é o empobrecimento da população, é o avanço da fome e o sofrimento daqueles que sempre foram historicamente excluídos”, disse o dirigente.

Há disputas na sigla a respeito da estratégia para o pleito do próximo ano. Enquanto uma ala, liderada por nomes como a deputada federal Luiza Erundina (PSol-SP) — uma das fundadoras da sigla –, prega a candidatura do também deputado Glauber Braga (PSol- RJ) ao Planalto, outra defende um alinhamento com a chapa do ex-presidente Lula (PT), hoje tido como favorito à eleição. Esta corrente é capitaneada pelo pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos.

“As duas [posições] são extremamente legítimas. Certamente outros grupos dentro do partido têm outras posições, mas a posição do Psol vai ser uma só e o Psol vai sair unificado em torno da decisão que for tomada coletivamente. Democracia é isso, você vai ter várias posições. Elas são contrapostas diante dos nossos filiados, diante dos nossos delegados, e, ao final, o partido sai com uma única decisão e todos seguem aquela decisão, porque ela foi construída de modo coletivo”, afirmou.

O advogado, que concorreu a uma vaga no Senado pelo Distrito Federal nas eleições 2018, comentou o cenário político para o próximo ano. Para ele, o governador Ibaneis Rocha (MDB) é o nome do bolsonarismo na capital. “A gente tem muita tranquilidade para sentar à mesa como um partido que está na linha de frente da defesa dos direitos da população mais pobre, e um partido que está aberto a dialogar com todos os partidos de esquerda para que a gente possa construir uma alternativa ao governo Ibaneis. Derrotar Bolsonaro também é derrotar Ibaneis. A vitória de Ibaneis significa a vitória do bolsonarismo aqui no DF”, pontuou o dirigente psolista.

Pereira abordou, ainda, a mobilização dos povos originários em face do julgamento do Marco Temporal, em análise no Supremo Tribunal Federal (STF). “Uma das grandes questões que nós temos no Brasil é que as terras que são mais preservadas, hoje, na Amazônia, em qualquer bioma, são as terras ocupadas pelos povos indígenas, apontou.

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