metropoles.com

Emojis de Joice e Carlos Bolsonaro servem como prova na Justiça

Troca de ofensas por meio de símbolos de porco e veado foi protagonizada pelos ex-aliados após o PSL do presidente entrar em profunda crise

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Embora tenham sido por meio de emojis, a troca de farpas protagonizada no Twitter pela ex-líder do Governo no Congresso Nacional Joice Hasselmann (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) pode servir de prova se por ventura o caso for parar na Justiça. Os desenhos criados para ilustrar publicações já foram usados como evidências em processos judiciais no Brasil, tanto para acusações quanto para a defesa, segundo informa a BBC Brasil.

Conforme pontuou a agência de notícias, os símbolos já integram ações formais de assédio sexual, injúria racial e ameaça de morte. Levantamento acadêmico nos Estados Unidos identificou uma disparada de processos com citações a emojis — somente em 2018, foram encontrados 38.

No caso específico da crise entre ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o vereador fez uma publicação com os ícones de porco, galinha, cobra e rato. Como resposta, a deputada federal tuitou a ilustração de um veado e de ratos. Pela lógica, Carlos Bolsonaro fez comentário gordofóbico contra a congressista, enquanto a parlamentar pode ser acusada de homofobia, já que uma das imagens insinua a suposta orientação sexual do filho presidente da República. Ela reconheceu publicamente o “excesso” após o episódio.

Reprodução / Twitter
Carlos Bolsonaro e Joice Hasselmann trocam ofensas por meio de emojis: ataques são usados como provas na Justiça

 

Injúria racial

Além de reforçar argumentações e testemunhos, os ícones podem também estar no centro das acusações. A figura de uma banana, por exemplo, serviu para condenar um réu por racismo na cidade de São Paulo. Nesse caso, o emoji da fruta foi compartilhado ao lado da foto de um homem “com o intuito de associar a vítima a um macaco, em razão da raça negra”, considerou um juiz.

O rapaz acusado admitiu em juízo que o desenho foi enviado a uma amiga, mas em outro contexto. Segundo o acusado, foi em referência a “um apelido utilizado por ambos desde a infância” e sustentou que a montagem racista foi fraudada por alguém com intuito de prejudicá-lo. Contudo, a pena de um ano de prisão pela injúria racial chegou a ser aumentada em um terço pelo juiz porque foi “veiculada por um meio que facilita a divulgação de mensagens, no caso, o aplicativo WhatsApp”. O réu recorre em liberdade.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?