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Após infestação de piolho de pombo, cirurgias no Hmib estão liberadas

Hospital pediátrico também está com surto de superbactéria na UTI Neonatal, onde pacientes precisaram ser remanejadas para outras unidades

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fachada do HMIB
1 de 1 Fachada do HMIB - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Secretaria de Saúde informou, nesta quinta-feira (22/7), que o centro cirúrgico infantil do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) passou por reparos, limpeza, desinfecção e foi liberado. Segundo a pasta, as cirurgias eletivas programadas para sexta-feira (23) estão confirmadas.

O caso ocorre após a unidade ter comunicado para a secretaria sobre infestação de piolho de pombo no local. No documento, a instituição recomenda, ainda, a suspensão das cirurgias eletivas e a transferência dos procedimentos de urgência para sala do centro obstétrico, “até que seja feita a dedetização e completa limpeza do centro cirúrgico”.

Encontrados na tarde desta terça-feira, os piolhos têm tamanhos de 1mm a 11mm, e apresentam risco de infecção aos pacientes.

Bactéria

Além do piolho de pombo, a unidade hospitalar está com restrições de atendimento devido a um surto bacteriano na unidade de terapia intensiva neonatal (Utin) causado pela Acinetobacter baumannii. O gênero desse micro-organismo multirresistente está relacionado com infecções em ambiente hospitalar, e apresenta resistência à maioria dos antibióticos utilizados.

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) se pronunciou sobre o ocorrido no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

É uma situação grave. Esse tipo de bactéria pode causar infecções graves, tanto nos recém-nascidos, quanto nas mulheres puérperas e gestantes que se encontram naquela unidade. As providências tomadas devem ser drásticas, inicialmente, com isolamento da população infectada e utilização de alguns antibióticos específicos”, avalia Farid Buitrago, presidente do CRM-DF.

Em 8 de julho, o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH) identificou a presença da bactéria na unidade. Medidas de controle foram tomadas no dia 12, com corte de pacientes infectados e/ou colonizados, separação da equipe para otimização da assistência aos pacientes, treinamento e ajustes de processos de trabalho.

A UTI neonatal do Hmib tem 25 leitos destinados a recém-nascidos que demandam cuidados especiais. Dos 25 bebês internados, seis tiveram a bactéria detectada.

A direção da unidade de saúde da Asa Sul determinou o fechamento imediato do centro obstétrico e impôs restrição às admissões na UTI neonatal, salvo em casos nos quais a assistência só seja passível de ser realizada nessa unidade hospitalar, ou em situação de urgência obstétrica que demande assistência imediata no local.

Além disso, foi implementada restrição de internação de novos pacientes no setor de Alto Risco Obstétrico, por um período mínimo inicial de 15 dias, com nova avaliação na terceira semana. Caso não haja mais casos, o setor voltará ao funcionamento normal.

A bactéria apresenta risco maior para pacientes intubados, lotados em UTIs, com feridas abertas ou que façam uso de cateter. A Acinetobacter é resistente ao tratamento e pode sobreviver durante longos períodos.

De acordo com a Secretaria de Saúde, não foi registrado novo caso de infecção após a identificação inicial da bactéria. As pacientes recebidas na emergência do Hmib continuam sendo atendidas normalmente.

“O Hmib, referência em atendimento a bebês e grávidas de alto risco, restringiu a internação de gestantes cujo perfil caracterize necessidade de assistência na UTI Neonatal”, declarou a Secretaria de Saúde, em nota. “Entretanto, em casos onde apenas o Hmib é referência na rede, foi mantida a internação normalmente, como nos casos em que os recém-nascidos necessitam de assistência cirúrgica imediatamente após o nascimento.”

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