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Seria Bruno Sialelli o salvador da Lanvin?

Novo diretor criativo da casa francesa terá a difícil missão de tirar a marca do declínio instalado desde a saída de Alber Elbaz, em 2015

atualizado

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Flying in Paris Opera House
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A Lanvin acaba de confirmar Bruno Sialelli como seu novo diretor criativo. O francês será o responsável por unificar as linhas feminina e masculina da marca, que desde março do ano passado não tem ninguém à frente de seu womenswear. Mas o que essa contratação significa para a etiqueta de luxo?

Vem comigo que eu te conto!

Fundada em 1889, por Jeanne Lanvin, a mais antiga maison francesa em operação é uma das labels mais respeitadas no mundo da moda, porém, desde 2015, amarga péssimos resultados em suas vendas. Com a saída de Alber Elbaz, que dirigiu a grife durante 14 anos, a casa não encontrou um nome que desse rumo ao segmento feminino da empresa.

Underwood And Underwood/The LIFE Images Collection/Getty Images
Jeanne Lanvin, em 1934

 

Albert Harlingue/Roger Viollet/Getty Images
Atelier da Lanvin, em 1925

 

Bill Ray/The LIFE Picture Collection/Getty Images
Casacos militares criados por Jeanne

 

Dominique Charriau/WireImage
Alber Elbaz na Paris Fashion Week de 2015

 

Pascal Le Segretain/Getty Images
Coleção icônica de 2012

 

Ethan Miller/Getty Images
Meryl Streep foi ao 84º Oscar usando vestido criado por Elbaz

 

Esperava-se que a sucessora Bouchra Jarrar e seu excelente histórico fossem o suficiente para reconduzir a etiqueta ao sucesso, mas a alta-alfaiataria da francesa não conquistou as clientes e nem os empresários Shaw Lan Chu-Wang e Ralph Batelos, que detinham a maison na época. Depois de apenas duas coleções ready-to-wear, as partes decidiram encerrar a parceria.

Bertrand Rindoff Petroff/Getty Images
Antiga CEO da Lanvin, Michele Huiban, Bouchra Jarrar e Shaw Lan Wang

 

Getty Images
Primeira coleção de Bouchra Jarrar para a Lanvin

 

Peter White/Getty Images
Alta-alfaiataria não convenceu

 

Durante a regência de Jarrar, a Lanvin viu seu primeiro prejuízo em 10 anos, fechando 2016 com uma perda de 18 milhões de euros, o que alarmou a diretoria da marca. Sem perder tempo, eles recorreram à Olivier Lapidus, mas a credibilidade da companhia já estava em xeque. Vinte e sete milhões de euros foram por água abaixo em 2017.

Stephane Cardinale - Corbis/Corbis via Getty Images
Olivier no desfile de primavera/verão de 2018

 

Peter White/Getty Images
Estilista tentou modernizar linha feminina

 

Peter White/Getty Images
Mas público não comprou seu color-blocking

 

Peter White/Getty Images
Silhuetas criadas por ele não seduziram

Com apenas oito meses na casa, Lapidus foi demitido e a empresa resolveu se afastar das semanas de moda feminina para reformular a marca. Com a crise, os antigos donos venderam a maioria de seu capital ao conglomerado chinês Fosun, que assumiu a reestruturação da grife.

Quase um ano se passou e ao que parece a Lanvin finalmente achou o nome que a salvará do declínio: Bruno Sialelli. O designer francês, de 31 anos, até então assinava as criações masculinas da Loewe, do grupo LVMH, mas já assumiu importantes posições nos segmentos femininos da Balenciaga, Acne Studios e Paco Rabanne, todas marcas jovens e diretamente ligadas ao street style.

Bruno Sialelli

 

Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images
Criações de Bruno na Loewe

 

Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images
Por lá, o estilista criou roupas com pegada streetwear

 

Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images
Peças bem joviais

 

Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images
Acessórios e muitas texturas

 

Parece que a Lanvin finalmente vai deixar suas tradições de lado para investir no streetwear de luxo, com uma pegada mais jovem e agênero, como adiantou o CEO da marca em um comunicado enviado à imprensa. “Sua capacidade comprovada de fazer uma transição perfeita entre roupas masculinas e femininas será de grande importância para a Lanvin, já que o mercado de luxo cada vez mais diminui as fronteiras entre os sexos.”

De acordo com a nota oficial, vários candidatos foram sondados para o cargo, mas a visão jovem de Bruno fez o martelo ser batido. “Sua visão singular, audácia, cultura, energia e capacidade de construir uma forte equipe criativa definitivamente nos convenceram”, disse o diretor-executivo da Lanvin, Jean-Philippe Hecquet.

Dominique Charriau/WireImage
Marca já tinha tentado modernizar seus acessórios, mas não despertou desejo

Contudo, na atual conjuntura do mercado, unificar as linhas feminina e masculina da marca e rejuvenescer a sua imagem não serão suficientes para colocar a etiqueta de volta aos holofotes. É necessário que Bruno estreite os laços da casa com as novas tecnologias e com a geração millennial, que comprovadamente dita as regras de consumo hoje em dia. Essa é a única forma de a Lanvin voltar aos dias de glória. Será que assistiremos a este triunfo? Eu espero que sim!

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Colaborou Danillo Costa

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