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União Brasil pediu adiamento da reforma após frase de Pimenta e recusa da Embratur

Governo Lula recusou a dar o Ministério do Turismo de porteira fechada, como o União Brasil pediu; partido fez retaliação

atualizado

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1 de 1 luciano bivar - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O União Brasil pediu, nesta quinta-feira (6/7), o adiamento da reforma tributária em retaliação ao Palácio do Planalto por não aceitar entregar a Embratur ao partido junto com o Ministério do Turismo e devido à interpretação errada feita de uma frase do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social a jornalistas.

Lula já definiu que Daniela Carneiro sairá da pasta até o fim da próxima semana, mas deixou claro que, pelo menos neste momento, Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, não será rifado.

O União Brasil disse, em carta divulgada durante a noite desta quinta-feira, que, “considerando a importância para o país, bem como a complexidade do tema em pauta (Reforma Tributária), a maioria da bancada do União Brasil entende que não há condições de se votar o referido projeto antes de profunda análise junto aos parlamentares e à sociedade brasileira”. A nota foi assinada por 38 dos 59 deputados do partido.

A posição do União Brasil pedindo o adiamento da votação da reforma tributária foi divulgada uma hora após a reunião de Lula com Daniela Carneiro, o prefeito Waguinho, seu marido e padrinho político, o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e André Ceciliano, subsecretário de Assuntos Federativos da pasta e aliado no Rio de Daniela e Waguinho.

Na avaliação de petistas da Câmara, a frase de Pimenta sobre Daniela Carneiro não ter pedido demissão para Lula – oficialmente, o Planalto disse que ela “colocou o cargo à disposição” nesta quinta-feira – também contribuiu para a carta do União Brasil. Os jornalistas perguntaram a Pimenta se ela havia entregado carta de demissão, e ele respondeu que não.

A resposta foi interpretada como se não tivesse havido um desfecho da substituição dela hoje. O futuro ministro do Turismo, Celso Sabino, também assinou a carta em defesa do adiamento da reforma.

Em meio à crise, o presidente da Câmara, Arthur Lira, fez chegar aos petistas que as votações do Carf e do arcabouço fiscal seriam adiadas para o segundo semestre se o governo não se empenhasse na reforma tributária. As duas matérias são do interesse do Ministério da Fazenda.

Os ânimos só serenaram quando Alexandre Padilha emitiu um comunicado confirmando a saída de Daniela Carneiro do governo.

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