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Proteção da PF impediria trabalho na Anvisa, diz presidente da agência

Anvisa tem recebido ameaças de morte por ter aprovado vacina infantil contra a Covid

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
cpi covid senado barra torres anvisa bolsonaro
1 de 1 cpi covid senado barra torres anvisa bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou nesta quarta-feira (12/1) que diretores e servidores da Anvisa teriam o trabalho impedido caso aderissem a um programa de proteção oferecido pela PF. A agência acionou a corporação depois de receber ameaças de morte, que aumentaram depois que Jair Bolsonaro intimidou técnicos da Anvisa em uma live em dezembro e criticou a vacinação infantil contra a Covid.

Disse Barra Torres em entrevista à repórter Andreia Sadi:

“Tivemos um documento enviado pela PF apontando qual poderia ser, na ótica da instituição, a nossa proteção. (…) Essa proteção, na nossa ótica, não nos atenderia, porque é uma proteção do tipo proteção de testemunha”, afirmou o presidente da Anvisa, seguindo:

“Proteção de testemunha é um contrato que você assina, concordando receber aquela proteção, inclusive tem um formulário para isso. Só que envolve uma alteração de endereço para ponto não divulgado, envolve o não uso de telefone celular, o não uso de cartão de crédito, o não uso de dispositivos eletrônicos conectados à internet. Ou seja: isso inviabiliza o trabalho, não vou dizer da agência, inviabiliza qualquer trabalho. Entre a opção de concordar com esse tipo de proteção e continuar trabalhando, nós continuamos trabalhando”.

A Anvisa solicitou por duas vezes reforço na segurança à PGR e à PF, mas não foi atendida, conforme Barra Torres. A pedido da oposição no Congresso, o STF também analisa o caso. Nos dez dias após Bolsonaro ter intimidado técnicos da Anvisa por ter aprovado a vacinação infantil contra a Covid, a agência técnica recebeu pelo menos 169 ameaças por e-mail, inclusive de morte.

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