A Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta em suas investigações que o ex-PM Edmilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, foi morto pelo cabo da PM Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como “Sem Alma”, integrante de um grupo de extermínio.

Macalé é uma das peças-chaves no caso Marielle porque foi apontado por Ronnie Lessa como o interlocutor dos mandantes, que seriam, segundo Lessa, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.

Ligado à contravenção, Macalé foi morto em novembro de 2021 e, até hoje, as investigações de seu assassinato não foram finalizadas. No ano passado, após o nome dele aparecer pela primeira vez no caso Marielle, na delação feita pelo ex-PM Élcio de Queiroz, a Polícia Civil informou à coluna que o Ministério Público do Rio de Janeiro segurou as investigações do crime por 16 meses.

A corporação enviou o caso para o MP do Rio em dezembro de 2021, um mês após o assassinato. As investigações voltaram à Polícia Civil para mais diligências apenas em fevereiro de 2023.

Neste último ano de investigação, a Polícia Civil conseguiu descobrir que Macalé foi morto por Sem Alma devido a uma disputa por pontos da contravenção. O assassinato portanto, segundo fontes da corporação contaram à coluna, não aponta que Macalé foi morto como queima de arquivo do caso Marielle.

Em diversas investigações sobre o jogo do bicho no Rio de Janeiro comandadas pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Macalé aparece como integrante de grupos ligados à contravenção e como segurança do bicheiro Bernardo Bello.