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Gilmar: ultimato de Kassio em Bolsonaro seria “digno de republiqueta”

“Prefiro não acreditar que o presidente tenha sido colocado na parede por um ministro do STF”, disse minsitro Gilmar Mendes

atualizado

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Regis Velasquez/Especial Metrópoles
ministro Gilmar Mendes
1 de 1 ministro Gilmar Mendes - Foto: Regis Velasquez/Especial Metrópoles

O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou nesta terça-feira (2/8) que o ultimato dado pelo ministro Kassio Nunes Marques em Jair Bolsonaro sobre indicações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) é uma história de “republiqueta” e envolveria crimes. Mendes cobrou que o episódio seja esclarecido, e afirma esperar que o acontecimento não passe de uma lenda urbana.

No último domingo (31/7), horas antes de surpreender e escolher os desembargadores Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues para as duas vagas abertas no STJ, Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada o ministro Kassio Nunes Marques. Segundo interlocutores do presidentes, Kassio deu um ultimato ao presidente e deixou a entender que se afastaria de Bolsonaro caso ele indicasse o desembargador Ney Bello, nome endossado pelo ministro Gilmar Mendes.

“Eu prefiro não acreditar que o presidente, de alguma forma, tenha sido colocado na parede por um ministro do STF. Porque haveria uma série de impropriedades, para a gente ser sutil. Certamente haveria crimes, crime de responsabilidade, quebra de parcialidade. Não pode haver essa parceria entre ministro e presidente. Parece-me que seria letal para a autoridade do presidente”, disse Gilmar Mendes em entrevista ao Boletim Metrópoles 2ª Edição, apresentado pela jornalista Larissa Alvarenga.

“Não é história digna do Brasil, não somos uma republiqueta”, complementou Mendes, afirmando que espera que o fato seja esclarecido e fique no campo das lendas urbanas. “Espero que esse fato esteja inserido naquele contexto das lendas urbanas e seja bem esclarecido, para que as instituições não sejam afetadas”.

Ainda sobre o episódio envolvendo Kassio Nunes Marques e Jair Bolsonaro, o ministro lembrou de quando trabalhou no governo Fernando Henrique, no fim dos anos 1990, e disse que havia conversas de alto nível. “Integrei o governo Fernando Henrique, tenho muito orgulho disso. A gente conversava em alto nível. Estou interessado em disputar a Champions League, não um campeonato de várzea”.

Assista abaixo à entrevista com o ministro a partir do minuto 32:40:

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