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E-mail indica conversa secreta entre Bolsonaro e Trump após derrota

Mensagem de auxiliar de Bolsonaro com calendário confidencial da Presidência aponta telefonema com Donald Trump em 14 de novembro de 2022

atualizado

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Alan Santos/PR
Bolsonaro e Trump
1 de 1 Bolsonaro e Trump - Foto: Alan Santos/PR

Um e-mail com a agenda confidencial da Presidência aponta que Bolsonaro teve uma conversa secreta com o ex-presidente americano Donald Trump, no dia 14 de novembro de 2022. A mensagem, obtida pela coluna, indica que a ligação telefônica ocorreu às 16h20, a partir do Palácio da Alvorada, e teve 10 minutos de duração.

O telefonema aconteceu aproximadamente duas horas após uma reunião secreta que o alto escalão do governo teve com os comandantes das Forças Armadas. A coluna mostrou, na terça-feira (14/8), que o encontro contou com Bolsonaro; o general Walter Braga Netto, vice na chapa à reeleição do então presidente; o almirante Flávio Rocha, assessor especial da Presidência; o então advogado-geral da União, Bruno Bianco; e os ministros da Defesa (Paulo Sérgio Nogueira), da Justiça (Anderson Torres) e da Controladoria-Geral da União (Wagner Rosário).

Não há menção, na agenda pública de Bolsonaro, sobre a reunião com os comandantes das Forças Armadas nem sobre o telefonema com Trump.

A ligação ocorreu no período em que o deputado Eduardo Bolsonaro estava nos Estados Unidos, como noticiou a colunista Bela Megale, no dia 10 de novembro. Nove dias após o suposto telefonema, as jornalistas Elizabeth Dwoskin e Gabriela Sá Pessoa publicaram, no jornal The Washington Post, que aliados de Trump tentavam convencer Jair Bolsonaro a contestar o resultado eleitoral do dia 30 de outubro.

Segundo a reportagem, Eduardo se reuniu com Trump, na mansão do ex-presidente americano em Mar-a-Lago, na Flórida, e conversou com Steve Bannon, ex-assessor de Trump e ideólogo da extrema direita global. O deputado também encontrou Jason Miller, porta-voz da campanha de Trump em 2020 e CEO da rede social Gettr.

Em entrevista ao Washington Post, Bannon disse ter conversado com Eduardo sobre a força dos protestos a favor de Bolsonaro e sobre a possibilidade de contestar os resultados da eleição brasileira. Já Miller afirmou às jornalistas que tratou da censura on-line e da liberdade de expressão com o deputado do PL.

Curiosamente, Eduardo não fez qualquer publicação nas redes sociais sobre esta viagem para os Estados Unidos. O filho de Bolsonaro só informou que estava fora do Brasil quando viajou para a Cidade do México, onde participou do evento conservador CPAC, entre os dias 18 e 19 de novembro.

Na última segunda-feira (14/8), Trump foi acusado formalmente pela Justiça americana, devido à tentativa de alterar os resultados das eleições de 2020, vencidas por Joe Biden. Foi a quarta acusação formal contra o ex-presidente em cinco meses.

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